Poder e Governo
Almoço de Messias com bancada do PL é cancelado após resistência à indicação de Lula ao Supremo
Advogado-geral da União foi indicado por Lula para uma vaga no Supremo Tribunal Federal
O aguardado almoço entre Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF), e senadores de oposição foi cancelado. O encontro estava previsto para ocorrer nesta terça-feira.
A iniciativa partiu do próprio Messias e vinha sendo articulada pela senadora Dra. Eudócia Caldas (PL-AL), mãe do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC. O cancelamento foi confirmado pelo senador do Novo-CE. Procurado, o líder da oposição, do PL-RN, afirmou desconhecer o encontro. Interlocutores de Messias minimizaram o episódio, atribuindo a desistência a um problema de agenda, e informaram que o almoço deve ser remarcado para a próxima semana.
Apesar da justificativa, desde segunda-feira já havia forte resistência dentro do bloco formado por 16 parlamentares do PL e um do Novo à realização da reunião.
Embora atualmente filiada ao PL, a família Caldas estreitou laços com o governo Lula durante negociações para a indicação de Marluce Caldas, tia do prefeito de Maceió, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Como parte do acordo político que viabilizou a indicação, formalizada em julho deste ano, JHC teria se comprometido a deixar o PL e migrar para uma sigla aliada ao governo, o que ainda não ocorreu.
Na segunda-feira, Messias se reuniu com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação, em um almoço no Palácio do Planalto que não constava na agenda oficial do Executivo.
O tradicional almoço do bloco parlamentar ocorre no Senado todas as terças-feiras. Mesmo antes do cancelamento, já havia sinais de esvaziamento. Único senador do Novo, Girão afirmou que não compareceria por conflito de agenda, mas garantiu que, apesar de já ter manifestado voto contrário à nomeação de Messias, irá recebê-lo em seu gabinete nesta semana.
No Palácio do Planalto, a orientação é contornar a resistência de senadores, inclusive do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), ao nome de Messias. Alcolumbre e parlamentares de centro demonstraram insatisfação após terem sua preferência pelo nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) preterida na escolha para a vaga aberta com a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso no STF. Em nota divulgada no domingo, o presidente do Senado afirmou ser "nítida a tentativa de setores do Executivo de criar a falsa impressão, perante a sociedade, de que divergências entre os Poderes são resolvidas por ajuste de interesse fisiológico, com cargos e emendas".
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