A Polícia Federal avalia como cumprir a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou a garantia de atendimento médico 24 horas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, preso desde sábado na Superintendência da Polícia Federal.

Alternativas em análise: Uma das possibilidades discutidas entre os investigadores é manter médicos da área de perícia revezando-se em regime de plantão para atender à ordem judicial. A proposta ainda está em debate interno.

Embora a superintendência conte com um departamento médico voltado ao atendimento de servidores, não há ambulatório no local. Assim, mesmo que peritos fiquem de sobreaviso 24 horas, a estrutura é limitada e, em caso de necessidade, Bolsonaro precisaria ser encaminhado a um hospital.

Na decisão que determinou a prisão preventiva, Moraes destacou a necessidade de atendimento médico permanente ao ex-presidente, em razão de seu histórico de saúde.

Na quinta-feira, Bolsonaro apresentou uma crise de soluços e foi atendido em sua cela na Superintendência. A informação foi confirmada pela defesa e por dois filhos do ex-presidente, que relataram que a equipe médica particular foi acionada.

Após visitar o pai na manhã de quinta-feira, o vereador Jair Renan (PL), de Balneário Camboriú (SC), afirmou na rede X que Bolsonaro não conseguiu dormir durante a noite e que a crise de soluço "voltou mais acentuada". "Os episódios de refluxo que ocorreram ontem continuam persistindo ao longo do dia de hoje", escreveu ele na rede social.

Desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro passou por pelo menos seis cirurgias e ainda enfrenta complicações decorrentes do atentado.

Bolsonaro foi preso preventivamente no sábado, após decisão de Moraes, que apontou risco de fuga e violação da tornozeleira eletrônica.

Na terça-feira, o ministro determinou o trânsito em julgado da ação penal sobre a tentativa de golpe e definiu que Bolsonaro deve cumprir pena no prédio da Polícia Federal.