Poder e Governo

Defesa de Bolsonaro nega uso de celular de Nikolas durante visita

Ministro Alexandre de Moraes pediu manifestação após deputado ser flagrado com aparelho

Agência O Globo - 27/11/2025
Defesa de Bolsonaro nega uso de celular de Nikolas durante visita
- Foto: Reprodução / Instagram

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira que ele não utilizou o celular do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) durante visita realizada na semana passada. O parlamentar foi gravado portando o aparelho durante o encontro.

Segundo os advogados, Bolsonaro cumpriu "à exatidão" as regras do STF referentes à prisão domiciliar, que incluem a proibição do uso de celular, diretamente ou por intermédio de terceiros. Na manifestação apresentada, a defesa sustenta que "não houve uso ou mesmo contato visual com o aparelho celular do deputado federal".

Na quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal contra Bolsonaro no STF, determinou uma manifestação após Nikolas ter sido flagrado com o celular em reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, exibida no sábado.

Nikolas Ferreira foi um dos últimos a visitar Bolsonaro em sua residência, onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar desde agosto. No sábado, Bolsonaro foi preso preventivamente, por decisão de Moraes, devido ao risco de fuga. Já na terça-feira, passou a cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão, imposta pelo STF por tentativa de golpe.

Após a divulgação da decisão, Nikolas afirmou que o celular estava com ele "para uso pessoal e não foi usado para comunicação externa". O deputado também alegou não ter recebido "orientação sobre proibição do aparelho".

Em nova manifestação ao STF nesta quinta-feira, a defesa de Bolsonaro reiterou que ele "sempre cumpriu estritamente todas as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, reiterando que não fez o uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, ao longo de todo o período em que esteve submetido à prisão domiciliar".