O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), foi submetido nesta segunda-feira a um procedimento de ablação cardíaca no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Segundo boletim médico divulgado nas redes sociais do gestor, a intervenção ocorreu com pleno sucesso e sem intercorrências. A ablação é considerada um procedimento minimamente invasivo, realizado por meio da introdução de um cateter pelos vasos sanguíneos até o coração.

De acordo com o boletim, Caiado encontra-se acordado, bem disposto, respirando espontaneamente, clinicamente estável e com evolução pós-operatória favorável. O governador seguirá internado e a alta será definida conforme a evolução clínica.

"A intervenção ocorreu com pleno sucesso, sem intercorrências, com restauração do ritmo cardíaco normal e estabilidade hemodinâmica durante todo o procedimento", informa a nota oficial.

No sábado, o boletim médico já havia informado que, apesar da arritmia, Caiado estava "consciente" e "clinicamente bem".

Entenda o procedimento

A fibrilação atrial é o tipo mais comum de arritmia cardíaca, condição que causa irregularidades nos batimentos cardíacos e atinge entre 2% e 4% da população mundial. Segundo o Hospital do Coração (Hcor), esses quadros podem se normalizar espontaneamente ou exigir intervenção médica.

Quando os medicamentos não são suficientes, pode ser indicada a ablação por radiofrequência, como ocorreu com Caiado. O procedimento consiste em mapear os pontos exatos da fibrilação no coração e inserir um cateter pela virilha até o órgão, dispensando cirurgias de maior porte.

O cateter emite radiofrequência para cauterizar o tecido responsável pela arritmia. Existe também a opção da crioablação, que inativa o foco do problema por meio do resfriamento.

Após o procedimento, o cateter é removido e o paciente permanece em repouso, com a perna estendida, para evitar sangramentos. Em geral, a rotina pode ser retomada após três dias, embora esforços físicos devam ser evitados por cerca de duas semanas.