Poder e Governo

Moraes abre inquérito sobre crime organizado no Rio e cobra informações da PF

Ministro do STF determina que Polícia Federal apresente relatório sobre investigação já em andamento

Agência O Globo - 05/11/2025
Moraes abre inquérito sobre crime organizado no Rio e cobra informações da PF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. - Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira a abertura de um inquérito para apurar a atuação de grupos do crime organizado no Rio de Janeiro. O magistrado também ordenou que a Polícia Federal (PF) apresente um relatório detalhado sobre a investigação, que já vinha sendo conduzida de forma preliminar desde agosto.

Em abril, quando o plenário do STF concluiu o julgamento da ação conhecida como ADPF das Favelas — que estabeleceu regras para operações policiais —, a Corte decidiu que caberia à PF "investigar indícios concretos de crimes com repercussão interestadual e internacional".

Pela decisão, a Polícia Federal deve apurar a atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no estado e suas conexões com agentes públicos.

Essa investigação foi instaurada em agosto no STF e tramitava de forma sigilosa, por meio de petição utilizada para apurações preliminares. Agora, Moraes determinou que a apuração seja convertida em inquérito e que a PF informe as "providências realizadas até o presente momento".

"Reautue-se esta Pet como Inquérito, conforme decidido pelo plenário do Supremo Tribunal Federal. Após, encaminhem-se os autos à Polícia Federal para apresentação de relatório das providências realizadas até o presente momento e adoção das demais investigações cabíveis", determinou o ministro.

Durante audiência com representantes de entidades que atuam na ADPF, na manhã desta quarta-feira, Moraes anunciou a abertura do inquérito e afirmou que a investigação deverá apurar o funcionamento de esquemas de lavagem de dinheiro no Rio de Janeiro e a infiltração de organizações criminosas no Poder Público.