Internacional
Atirador de Sydney é acusado de terrorismo e 15 homicídios
Naveed Akram também deverá responder por outros 39 crimes
Apolícia acusou Naveed Akram, um dos dois autores do atentado a tiros na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, de terrorismo, 15 homicídios e outros 39 crimes.
A cidade deu início nesta quarta-feira (17) aos primeiros funerais das vítimas.
"Iremos argumentar no tribunal que o suspeito se envolveu em condutas que causaram mortes, feridos graves e colocaram vidas em risco para promover uma causa religiosa e incitar o medo na comunidade", afirmou a Polícia Estadual de Nova Gales do Sul em comunicado.
"Os primeiros indícios apontam para um ataque terrorista inspirado pelo Isis [Estado Islâmico do Iraque e da Síria], uma organização terrorista elencada como tal na Austrália", acrescentou a nota.
Além dos 15 mortos em Bondi, entre os outros 40 crimes da acusação estão "lesão corporal grave com intenção de matar" e "a exibição pública do símbolo de uma organização terrorista proibida", o Isis. Segundo a polícia, duas bandeiras caseiras do Estado Islâmico foram encontradas em um carro registrado em nome de Naveed e estacionado perto da praia.
O acusado é o único atirador sobrevivente do atentado, já que o outro suspeito, Sajid Akram, seu pai, de 50 anos, morreu durante um confronto com a polícia.
Já Naveed, 24, ficou gravemente ferido e segue internado. A mídia australiana informou que ele voltou do estado de coma e, de acordo com a polícia, deverá comparecer perante um juiz por videoconferência.
Sajid, nascido na Índia, emigrou para a Austrália em 1998 com um visto de estudante, enquanto seu filho é australiano. Ambos teriam jurado lealdade ao Estado Islâmico em 2019.
Entre as 15 vítimas do tiroteio no último domingo (14) estão uma menina de 10 anos, dois sobreviventes do Holocausto e um casal, que morreu enquanto tentavam impedir o ataque.
Hoje, uma multidão compareceu ao funeral do rabino Eli Schlanger, de 41 anos e pai de cinco filhos.
"Nossa comunidade está sofrendo, é o nosso 7 de outubro [de 2023, data do início da guerra na Faixa de Gaza]", comentou o também rabino e sogro da vítima, Yehoram Ulman.
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