As inundações e os deslizamentos de terra que atingem a Indonésia nos últimos dias já deixaram ao menos 593 mortos e centenas de desaparecidos, informou nesta segunda-feira (1º) a Agência Nacional de Desastres do país

O desastre, provocado pelo ciclone Senyar, devastou diversas regiões, destruindo casas, estradas e infraestrutura básica, além de forçar milhares de pessoas a abandonar suas residências. Equipes de resgate e assistência humanitária seguem mobilizadas.

Segundo a agência, 468 pessoas continuam desaparecidas, enquanto mais de 578 mil foram evacuadas em três províncias da ilha de Sumatra, no oeste do país. Para reforçar a ajuda, o governo enviou três navios militares com suprimentos e dois navios-hospital às áreas mais atingidas, onde muitas rodovias seguem intransitáveis.

Com o novo balanço, o total de mortos em consequência das chuvas torrenciais — intensificadas por ciclones tropicais e fortes monções — na Indonésia, Tailândia, Malásia e Sri Lanka ultrapassa 1,1 mil.

Grande parte do Sudeste Asiático está atualmente sob o regime de monções, mas as mudanças climáticas têm provocado eventos mais extremos e tempestades mais intensas. As chuvas persistentes deixaram moradores isolados, muitos aguardando resgate em telhados, e bloquearam o acesso a vilarejos inteiros.

Ao chegar ao norte de Sumatra nesta segunda-feira, o presidente indonésio, Prabowo Subianto, afirmou que "o pior já passou" e declarou que "a prioridade agora é enviar imediatamente a ajuda necessária".

Prabowo enfrenta crescente pressão para decretar estado de emergência nacional, especialmente porque o número de vítimas já é o mais alto registrado em um desastre natural no país desde o terremoto e tsunami de 2018, que deixaram mais de 2 mil mortos em Sulawesi.