Internacional
Líder xiita libanês pede ajuda do Papa contra Israel
Xeque denunciou 'contínua agressão' por parte de Tel Aviv
Uma das principais lideranças xiitas do Líbano fez nesta segunda-feira (1º) um apelo para que o papa Leão XIV ajude o país a se libertar das "agressões" de Israel, que travou uma guerra contra o grupo Hezbollah entre 2023 e 2024.
O pedido foi feito durante um encontro inter-religioso com o pontífice americano em Beirute, no âmbito da primeira viagem internacional de Robert Prevost como líder da Igreja Católica.
"Colocamos a questão do Líbano nas suas mãos, com todas as suas capacidades em nível internacional, a fim de que o mundo possa ajudar nosso país a se libertar das crises acumuladas, a começar pela agressão israelense e suas consequências em nosso país e nosso povo", afirmou o vice-presidente do Supremo Conselho Islâmico Xiita, xeque Ali al-Khatib.
"Estamos convencidos da necessidade da existência do Estado, mas, em sua ausência, fomos obrigados a nos defender, resistindo ao ocupante que invadiu nossa terra. Não somos amantes das armas nem do sacrifício de nossos filhos", acrescentou o representante xiita.
Al-Khatib ainda expressou a esperança de que a visita do Papa ao Líbano fortaleça o sentimento de "unidade nacional" em um país "atormentado pela contínua agressão israelense contra seu povo e sua terra". "Esperamos que nos ajude a defender nosso país", salientou.
O Supremo Conselho Islâmico Xiita é o principal organismo de representação dessa vertente do Islã no Líbano, à qual pertence o Hezbollah.
Leão XIV não respondeu diretamente ao apelo de Al-Khatib, mas afirmou que o país, onde "campanários convivem lado a lado com minaretes", representa um "poderoso exemplo de que o medo, a desconfiança e o preconceito não têm a última palavra".
"Sua presença no mundo enriquece a terra com seu patrimônio milenar, mas representa também uma vocação. Em um mundo cada vez mais interconectado, vocês são chamados a ser construtores de paz, a combater a intolerância, superar a violência e banir a exclusão, iluminando o caminho rumo à justiça e à concórdia para todos", salientou o Papa.
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