Internacional
Enviado de Trump irá a Moscou para se reunir com Putin
Casa Branca pressiona por avanços nas negociações de paz
O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, viajará a Moscou, na Rússia, na semana que vem para tentar avançar nas negociações para o fim da guerra na Ucrânia, que completará quatro anos em fevereiro de 2026.
A visita será realizada no âmbito dos esforços da gestão do presidente Donald Trump para fechar um acordo entre os dois países beligerantes ainda neste ano e foi confirmada pelo próprio magnata e também por Yuri Ushakov, conselheiro diplomático do mandatário russo, Vladimir Putin.
Witkoff se encontrará com o chefe do Kremlin e, segundo Trump, pode ter a companhia de seu genro, Jared Kushner, "um cara inteligente e que está envolvido no processo".
O enviado americano tem sido alvo de críticas nos EUA após a divulgação, pela agência Bloomberg, de um telefonema de 16 de outubro no qual ele diz para Ushakov que a Ucrânia precisaria ceder territórios para obter a paz.
"Witkoff está agindo como se estivesse a soldo da Rússia", disse o congressista republicano Don Bacon. "Todo esse incidente foi um fiasco e uma mancha para o nosso país. Ele precisa ser demitido", acrescentou.
Já Ushakov afirmou que o "vazamento de notícias" é uma tentativa de atrapalhar a reaproximação entre Moscou e Washington.
Na última terça (25), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu estar pronto para "avançar" nas negociações de paz, enquanto Trump falou em "progressos", porém engavetou o prazo que havia sido fixado por ele mesmo para Kiev aceitar um acordo até 27 de novembro.
O Kremlin, no entanto, mostrou cautela nesta quarta-feira (26). "Alguns aspectos [do plano de Trump] podem ser considerados de forma positiva, mas muitos outros exigem uma discussão séria", declarou Ushakov à imprensa russa.
A proposta apresentada inicialmente pela Casa Branca continha 28 pontos, incluindo a cessão de toda a Bacia do Don (Donbass) para a Rússia e a redução das Forças Armadas ucranianas para 600 mil efetivos, bem como uma anistia para os dois países, porém delegações de Washington e Kiev deixaram a proposta mais enxuta, com apenas 19 itens.
O objetivo é fazer com que os temas mais sensíveis sejam discutidos diretamente entre Trump e Zelensky, que podem se encontrar nos próximos dias.
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