O bilionário Jeffrey Epstein alegou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou "horas" em sua casa com uma mulher descrita como vítima de tráfico sexual e "sabia das garotas" envolvidas no esquema.

A informação consta em e-mails publicados nesta quarta-feira (12) por democratas do Comitê de Supervisão do Congresso dos EUA e revelados pela "CNN" e pelo jornal "The New York Times".

Trump é mencionado repetidamente em um novo conjunto de e-mails trocados entre Epstein, sua ex-namorada e cúmplice Ghislaine Maxwell - condenada por tráfico sexual de menores - e Michael Wolff, autor dos livros sobre o líder norte-americano, nos últimos 15 anos.

De acordo com o material, Epstein afirma que Trump passou um tempo considerável com uma mulher que os democratas do comitê descrevem como vítima do tráfico sexual. Em outra mensagem, o financista alega que o republicano "sabia das garotas", em aparente referência à rede de menores que Epstein teria atraído para suas propriedades, incluindo Mar-a-Lago, clube privado do presidente na Flórida.

A alegação contradiz a afirmação de Trump de que expulsou o financista de seu clube por "roubar" alguns de seus funcionários, entre eles Virginia Giuffre, uma das principais acusadoras do financista.

Os e-mails foram obtidos após uma intimação emitida no início deste ano contra os herdeiros de Epstein e foram divulgados oficialmente por parlamentares democratas do comitê.

Epstein foi encontrado morto em sua cela em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual de menores. O caso segue sendo alvo de diversas investigações e controvérsias políticas nos Estados Unidos.

A Casa Branca, inclusive, acusou os democratas de divulgarem as conversas para difamar Trump. "Os democratas vazaram seletivamente e-mails para a mídia liberal para criar uma narrativa falsa e difamar o presidente", declarou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.