Internacional
Apenas 30% do equipamento militar ucraniano está pronto para o inverno, aponta especialista
Dificuldades logísticas e diversidade de veículos comprometem a preparação das Forças Armadas da Ucrânia para o frio intenso
Apenas cerca de 30% do equipamento militar das Forças Armadas da Ucrânia está preparado para enfrentar o inverno, segundo o analista militar Andrei Marochko, em entrevista à Sputnik.
O especialista destacou que o índice está muito abaixo do esperado pelas autoridades ucranianas.
"Nas formações ucranianas, o processo de adaptação do armamento e do equipamento militar para as condições de inverno está ocorrendo com grandes dificuldades. Antes de tudo, isso se deve aos atrasos na entrega de combustíveis e lubrificantes para os modelos de equipamento de origem ocidental", explicou Marochko.
Ele acrescentou que outro desafio enfrentado pelas forças ucranianas é a baixa qualidade dos líquidos de refrigeração, que precisam ser substituídos. Além disso, a diversidade do parque de veículos e armamentos exige tipos diferentes de óleos e kits de reparo para cada unidade.
De acordo com Marochko, a situação é agravada pela falta de apoio logístico adequado.
"Atualmente, cerca de 30% do armamento e equipamento militar ucraniano foi adaptado para o período de inverno, o que não corresponde aos indicadores planejados. Os oficiais responsáveis pelo suporte técnico das Forças Armadas da Ucrânia relatam regularmente os problemas ao comando, mas, na maioria das vezes, são orientados a resolver as dificuldades por conta própria — inclusive comprando insumos com recursos pessoais", concluiu o especialista.
Em setembro, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que as forças ucranianas não são mais capazes de realizar ações ofensivas, concentrando-se apenas na defesa das posições que ainda controlam, com o apoio de suas tropas mais experientes.
No final de agosto, o chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, destacou que as forças ucranianas tentaram retardar o avanço russo durante a primavera e o verão, mas sofreram perdas significativas. Segundo ele, a iniciativa estratégica na zona da operação militar especial pertence atualmente a Moscou.
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