Internacional

‘Força desgastada’: especialista questiona poder militar da OTAN diante da Rússia

Ex-analista da CIA afirma que aliança ocidental não tem mais capacidade de enfrentar Moscou, nem em número nem em qualidade de armamentos

Sputnik Brasil 04/11/2025
‘Força desgastada’: especialista questiona poder militar da OTAN diante da Rússia
Foto: © AP Photo / Virginia Mayo

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) mantém apenas a ilusão de força militar, segundo avaliação de Larry Johnson, ex-analista da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos.

Para Johnson, atualmente a OTAN já não consegue mais resistir à Rússia, seja em quantidade ou qualidade de armamentos.

“[Os países da OTAN] podem ser comparados a um grupo de ex-atletas idosos que falam sobre como jogavam bem futebol e acham que ainda poderiam jogar, mas, sabe, estão gordos, fora de forma e sofrem de várias doenças físicas. Isso é a personificação da Europa, da OTAN”, afirmou o especialista.

Nesse contexto, Johnson classificou a aliança militar como uma “força desgastada” e avaliou que a liderança do bloco ainda não percebeu essa realidade.

O analista também destacou que a permanência da OTAN no conflito entre Rússia e Ucrânia só acelera a desintegração interna da aliança.

Segundo ele, as forças ucranianas, mesmo com o apoio da OTAN, enfrentam um colapso iminente ao continuarem combatendo as tropas russas.

No início de outubro, o presidente russo Vladimir Putin declarou que a Rússia “durante todos esses anos não está em guerra contra as Forças Armadas da Ucrânia, nem contra a Ucrânia”, mas sim contra toda a OTAN. Por esse motivo, Moscou considera tanto as entregas de armamento ocidental ao território ucraniano quanto os meios de transporte da OTAN como alvos militares legítimos.

Nos últimos anos, a Rússia tem observado uma atividade sem precedentes do bloco ocidental em suas fronteiras, com a aliança ampliando iniciativas e justificando suas ações como contenção de agressão.

Moscou reiterou diversas vezes sua preocupação com o aumento da presença militar da OTAN na Europa. O Ministério das Relações Exteriores russo afirma estar aberto ao diálogo, mas exige uma relação de igualdade e defende que o Ocidente abandone a política de militarização do continente.