Internacional
Itália realiza 1º transplante de artéria pulmonar no mundo
Até agora, médicos acreditavam que procedimento era 'impossível'
A Itália concretizou o primeiro transplante de artéria pulmonar no mundo, procedimento tido como "impossível" de ser realizado pela medicina até agora.
A cirurgia em uma paciente de mais de 70 anos de idade, vítima de câncer de pulmão, ocorreu no último 17 de julho, mas os detalhes só foram revelados pelo hospital Sant'Andrea, em Roma, onde aconteceu a intervenção, nesta quinta-feira (30).
Segundo comunicado, a artéria transplantada foi criopreservada em Barcelona, na Espanha. A nota destaca ainda que o sucesso do procedimento só foi possível graças às habilidades de duas jovens cirurgiãs torácicas, Cecilia Menna e Beatrice Trabalza Marinucci, que foram conduzidas por uma equipe coordenada por Erino A. Rendina, diretor de Cirurgia Torácica da instituição e presidente da faculdade de Medicina e Psicologia da Universidade Sapienza.
Conforme explica Rendina, a mulher tinha um câncer pulmonar impossível de ser operado, que infiltrava a artéria até o coração. Ela já havia passado por tratamentos de quimio e radioterapias nos meses anteriores à cirurgia, mas os resultados não eram suficientes para combater a doença.
"Nós removemos o tumor que bloqueava o vaso sanguíneo, o qual tivemos que substituir com outra artéria humana", explicou o diretor à ANSA, acrescentando que se trata "do primeiro transplante no mundo para câncer de pulmão, uma operação com características totalmente diversas das intervenções de cirurgia cardíaca".
Segundo o médico, a diferença está no fato de que "no tumor pulmonar, a infiltração é absolutamente imprevisível", já que ele "distorce completamente a anatomia" do órgão, o que não ocorre em outros tipos de câncer.
"É por isso que nunca foi feito antes. Ninguém jamais imaginou que pudesse ser feito [o transplante de artéria pulmonar]", enfatizou Rendina, informando que o segmento da artéria humana transplantada, com cerca de cinco centímetros, "era compatível às dimensões do vaso da paciente".
O hospital esclareceu ainda que "os materiais sintéticos ou biocompatíveis existentes não permitem a criação de um ducto substituto com as mesmas características do original, expondo a artéria substituída ao risco de obstrução".
Após o percurso pós-operatório, o Sant'Andrea informou que a paciente "não precisa, atualmente, de terapia imunossupressora, como ocorre com outros transplantes de órgãos, e nem de terapia anticoagulante, dada a perfeita biocompatibilidade do tecido".
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