A polícia equatoriana apreendeu neste domingo (24) quase 5 mil toneladas de emulsão explosiva e 25 mil metros de cordão detonador em operação na fronteira com o Peru rumo à Colômbia.

A polícia equatoriana descobriu os explosivos contrabandeados durante uma fiscalização de rotina na cidade de San Gabriel.

Foram encontradas cerca de quatro toneladas de material explosivo em um caminhão que vinha do Peru e seria usado em "atos terroristas" na Colômbia. Foram detidos um homem e uma mulher que estavam a bordo do caminhão.

"Os fatos ocorreram quando policiais realizavam vistorias preventivas, utilizando técnicas de perfilagem, e pararam um caminhão. Após uma busca exaustiva, descobriu-se que o veículo transportava uma grande quantidade de explosivos ocultos", acrescentou a polícia em seu comunicado.

As autoridades detalharam que o material havia saído da província de El Oro e tinha como destino final o departamento de Carchi, ponto de trânsito para a fronteira com a Colômbia. Segundo as investigações iniciais, os explosivos seriam entregues a grupos armados colombianos para a realização de atentados em diferentes regiões do país.

"A #PolíciaDoEquador, por meio de uma operação de controle, prendeu dois cidadãos que se deslocavam em um veículo tipo caminhão transportando material explosivo desde a província de #ElOro, com o objetivo de chegar a #Carchi e então ser levado até a #Colômbia, onde pretendia ser utilizado na execução de ações terroristas", publicou a instituição em suas redes sociais.

Na semana passada, um caminhão explodiu em frente à escola de aviação militar em Cali, a terceira cidade mais populosa do país, matando seis pessoas e ferindo 60.

O senador colombiano e candidato à presidência Miguel Uribe morreu no início do mês, após ser baleado na cabeça em evento de campanha, em junho passado. Após nove semanas internado, o político não resistiu.

Quatro pessoas foram presas em conexão com o ataque, incluindo um adolescente de 14 anos identificado como o autor dos disparos.

Uribe era neto do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe e filho da jornalista Diana Turbay, que foi sequestrada e morta, quando ele tinha 4 anos, pelo cartel liderado pelo narcotraficante Pablo Escobar.

Os episódios levanta preocupações sobre a segurança de figuras públicas em meio ao cenário político atual em um país com histórico de violência política e que dura décadas.

Marcada pela luta contra o tráfico de drogas nas décadas de 1980 e 1990, além das batalhas para acabar com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a nação ainda busca finalizar acordos de paz com grupos paramilitares. Dois grupos dissidentes das FARC rejeitaram o acordo de paz assinado em 2016.