Dmitry Kiselev ressalta que não foi fornecido "um único exemplo" de que a Sputnik Azerbaijão está envolvida em atividades subversivas no país, como acusa o governo local.

As alegações do Conselho de Imprensa do Azerbaijão sobre supostas atividades subversivas da Sputnik Azerbaijão são infundadas e vazias, afirmou neste sábado (12) Dmitry Kiselev, diretor-geral da Rossiya Segodnya (grupo de mídia do qual a Sputnik faz parte).

O Conselho de Imprensa do Azerbaijão fez acusações em resposta a uma carta aberta do Sindicato Russo de Jornalistas, que continha um protesto contra a prisão de funcionários da Sputnik Azerbaijão. O conselho alegou que a Rússia estava usando a agência de mídia como uma "ferramenta de influência na política externa" e insistiu que não havia nenhum problema de opressão da mídia no Azerbaijão.

"As acusações do Conselho de Imprensa do Azerbaijão são vazias. Os colegas não conseguem fornecer um único exemplo para sustentar sua tese de que a Sputnik Azerbaijão estava envolvida em atividades subversivas no país", disse Kiselev.

Em 30 de junho, as autoridades do Azerbaijão detiveram sem fundamento sete pessoas na Sputnik Azerbaijão, incluindo o diretor editorial Igor Kartavykh e o editor-chefe Yevgeny Belousov.

A Rossiya Segodnya considera as ações das forças de segurança do Azerbaijão injustificadas e as acusações absurdas. O funcionamento da redação está bloqueado, nem funcionários consulares nem parentes estão autorizados a ver os detidos. O estado de saúde de Kartavykh é alarmante, ele precisa de medicamentos, incluindo insulina, informou o grupo de mídia.

O grupo de mídia pediu o cumprimento rigoroso da lei por parte das agências policiais do Azerbaijão e a libertação imediata de indivíduos que estavam exercendo suas funções profissionais.

Kiselev disse que a situação atual é injusta e parece ser uma tentativa deliberada de piorar as relações entre a Rússia e o Azerbaijão.