Internacional
Tarifas dos EUA podem afetar economia e empregos no Brasil
Internacional, aumento das tarifas, Trump
A proposta de impor tarifas de 50% para produtos brasileiros vendidos nos EUA, anunciada pelo governo norte-americano nessa quarta-feira (9), poderia prejudicar a economia do Brasil, afetando principalmente setores industriais, empregos mais qualificados e desvalorizando o real. Essa é a opinião do professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Roberto Goulart Menezes.


Com as barreiras tarifárias, o Brasil teria dificuldade em realocar seus produtos para outros mercados. Entretanto, de acordo com Roberto Menezes, a motivações dos EUA não são apenas econômicas. Mas de uma tentativa de "coerção", ao vincular política comercial a processos judiciais envolvendo um ex-presidente brasileiro, que se tornou réu na justiça brasileira. Outros objetivos seriam forçar a justiça brasileira à não regular as Big Techs norte-americanas que atuam aqui e forçar o Brasil a se distanciar da China, principal parceiro comercial brasileiro e principal alvo da política externa de Donald Trump.
O professor de Relações Internacionais associa as motivações do presidente norte-americano a posturas "antidemocráticas", como o ataque ao Capitólio em 2021, incitado por Donald Trump, ou à intervenção direta em assuntos internos de outros países para beneficiar aliados políticos, como o pedido recente para que a justiça israelense cancelasse processos jurídicos contra Benjamin Netanyahu.
De acordo com o professor Roberto Menezes, a resposta do Brasil deve ser diplomática e diálogo com setores empresariais, tanto dos EUA quanto nacionais, já que uma escalada das taxas pode prejudicar inclusive empresários norte-americanos, já que os EUA possuem superávit comercial com a gente.
O professor da UnB considera que Trump não reveja suas posições publicamente, assim como outras ameaças recentes já feitas contra outros parceiros, como Canadá, México e Panamá. Já o Brasil, deve seguir pela via do multilateralismo.
As tarifas anunciadas contra os produtos brasileiros passariam a valer, se não forem adiadas como em outras negociações que os EUA já vem fazendo com outros países, a partir do dia 1º de agosto.
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