A Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez nesta quinta-feira (10) um apelo para que o governo Lula desista da retaliação contra o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre todos os produtos importados do Brasil.

"Nós estamos defendendo o diálogo. A gente espera que seja possível reverter essa situação antes de se pensar em medidas de reciprocidade", afirmou o responsável pelas relações internacionais da CNI, Frederico Lamego, à rádio CBN.

Após o anúncio de Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o Brasil responderá ao tarifaço "à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica".

No entanto o representante da CNI defendeu que o Brasil priorize "a diplomacia" e o "sangue frio". Por outro lado, Lamego admitiu que "o tom da carta do governo americano politizou um assunto que poderia ter sido tratado numa esfera técnica".

"Nossas cadeias produtivas estão muito integradas, então qualquer mudança significativa vai ter impactos enormes para toda a economia brasileira no médio e curto prazo", ressaltou.