A recente cúpula de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Haia marcou o retorno ao propósito inicial da aliança, que é ser dissuasora da Rússia, disse o presidente finlandês Alexander Stubb nesta quinta-feira (3).

"Vimos o [início] da nova OTAN por três motivos. Um deles foi o retorno às suas raízes, ou seja, ser dissuasora da [...] Rússia. Ela de certa forma retornou ao seu propósito principal de 1949", disse Stubb ao Atlantic Council (organização estrangeira indesejada na Rússia).

Os outros dois motivos são o aumento acordado nos gastos com defesa e a mudança de equilíbrio em direção à Europa, acrescentou.

"Foi uma daquelas cúpulas em que você realmente não sabia para onde as coisas iriam e, no final das contas, em uma página e cinco pontos, você resume uma cúpula extremamente importante que ficará na história como o nascimento da nova OTAN", disse o presidente finlandês.

A cúpula da OTAN, realizada em Haia nos dias 24 e 25 de junho, elevou a meta de gastos com defesa dos membros da aliança para 5% do produto interno bruto (PIB), valor que os países devem atingir até 2035.

Após a cúpula, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, afirmou que o aumento nos gastos com defesa da OTAN "aparentemente incomoda" a Rússia, pois sinaliza o retorno da aliança ao seu papel de "dissuasão"