O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que escreveu uma carta ao papa Leão XIV para pedir a intervenção da Igreja Católica na tentativa de libertar os filhos de migrantes venezuelanos "sequestrados" nos Estados Unidos.

A informação foi divulgada durante o programa semanal de televisão do líder venezuelano, "Com Maduro+", transmitido em rede nacional, nesta terça-feira (1º).

Trata-se de 18 crianças venezuelanas deixadas sob os cuidados das autoridades norte-americanas, após a expulsão de seus pais sem documentos, segundo denúncia do presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Rodríguez.

Maduro instruiu Rodríguez e a italiana Camilla Fabri, chefe de um programa social para a reintegração de migrantes repatriados, a iniciarem acordos com a Igreja Católica para "buscar e salvar essas crianças".

De acordo com ele, a correspondência destinada a Robert Prevost foi assinada em nome das mães e avós das crianças, que foram separadas de suas famílias pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês).

A Agência Prensa Latina revelou ainda que o documento também denuncia o desaparecimento de 252 migrantes sequestrados em El Salvador e apela para a Igreja Católica no local e nos EUA proteger os migrantes.

Ontem, Rodríguez já havia denunciado que os menores " foram separados de suas mães, de seus pais, de sua família, de seus avós, levados a instituições onde não deveriam estar". Segundo ele, inclusive, as crianças "não cometeram nenhum crime".