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Entidade israelense atribui assassinatos nos EUA a críticas à Israel
Internacional, Israel, Palestina, Assassinatos, embaixada de Israel, EUA

A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) atribuiu o assassinato de dois funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos (EUA) ao antissemitismo, que é a discriminação contra judeus, e também às críticas das ações de Israel na Faixa de Gaza, que estariam contribuindo para alimentar o ódio aos judeus.


Por outro lado, Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) alerta para que esse crime não seja usado para blindar Israel contra as críticas pelas ações na Faixa de Gaza, de massacres diários e imposição da fome em todo o território, o que vem sendo considerado um genocídio por diversos países e organizações.
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- França, Inglaterra e Canadá advertem Israel por ações na Faixa de Gaza.
- Anistia Internacional classifica ação de Israel em Gaza como genocídio.
Em nota publicada nesta quinta-feira (22), a entidade israelense sediada no Brasil lamentou o duplo assassinato.
“Nossa solidariedade se volta às famílias das vítimas, à comunidade judaica americana e ao Estado de Israel. Que a memória de Sarah [Milgram] e Yaron [Lischinsky] seja um chamado à vida, à justiça e à resistência contra todo tipo de intolerância”, afirmou a Fisesp.
Segundo informa a imprensa nos Estados Unidos, o suspeito pelos disparos teria gritado “Palestina livre”, após o crime.
A Federação Israelita diz que discursos contra “a legítima defesa do Estado de Israel frente aos ataques terroristas do Hamas” alimenta o crescimento global de manifestações antissemitas. A entidade, inclusive, citou o episódio em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou as ações em Gaza ao Holocausto na 2ª Guerra Mundial.
“Pedimos às autoridades brasileiras máxima responsabilidade em suas falas e ações, pois elas têm o poder de acalmar, ou inflamar, os ânimos de uma sociedade já tensionada. Antissemitismo mata”, conclui a entidade.
Críticas à Israel
O assassinato de assessores da embaixada de Israel, em Nova York, ocorre em meio às pressões internacionais e críticas inéditas de aliados históricos de Tel Aviv contra os massacres e o bloqueio de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Inglaterra, França e Canadá advertiram Israel para acabar com “ações escandalosas” no enclave palestino.
A ação de Israel em Gaza é alvo de processo por genocídio movido pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ).
Assim como a Federação Israelense de São Paulo, o ministro das relações exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, afirma que os assassinatos em Nova York são alimentados por “falsas acusações contra Israel”, incluindo de líderes europeus.
"Há uma ligação direta entre a incitação antissemita e anti-Israel e este assassinato. Essa incitação também é praticada por líderes e autoridades de muitos países e organizações, especialmente da Europa”, disse em coletiva de imprensa, em Jerusalém.
Federação Palestina
A Federação Árabe Palestina do Brasil, Ualid Rabah, destacou à Agência Brasil que todo crime é condenável, incluindo o dos assessores da Embaixada de Israel, e que ele deve ser apurado com todo o rigor.
Por outro lado, pondera que o caso vem sendo usado para blindar Israel da percepção mundial de que o país pratica um genocídio na Palestina.
“Israel passa a ser ameaçado de boicote por países importantes do Ocidente, como Inglaterra, França, Canadá e Espanha, passando a ser um país pária. Com isso, passa a usar a ferramenta do alegado antissemitismo, que, na verdade, é a rejeição ao genocídio na Palestina, que aumentou a rejeição a Israel, não o anti-judaísmo”, explicou.
Rabah avalia ainda que seria preciso investigar, inclusive, se o crime não é de “falsa bandeira” para blindar Israel. “Se quiser investigar verdadeiramente este crime, que ouçam a totalidade dos agentes do Mossad [serviço secreto israelense] para saber se não é um crime de falsa bandeira cometido por quem tenha interesse em, neste momento, blindar Israel da percepção mundial do genocídio que comete na Palestina”, comentou.
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