Dois automóveis, um deles com um botijão de gás, foram incendiados neste sábado em frente a uma sinagoga em La Grande-Motte, uma localidade no sul da França, causando uma explosão que feriu um policial local, informaram as autoridades.

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O ministro do Interior, Gérald Darmanin, classificou o ataque em frente à sinagoga Beth Yaacov, nesta cidade costeira francesa, como um "ato evidentemente criminoso".

"Todos os meios estão sendo mobilizados para encontrar o autor", garantiu Darmanin, ordenando o aumento da presença policial em todos os locais de culto judaico na França.

Um policial municipal que chegou ao local do incêndio ficou ferido, disse à AFP o prefeito da cidade, Stéphan Rossignol, sem dar detalhes sobre o estado de saúde do policial. Darmanin e o primeiro-ministro Gabriel Attal anunciaram que se deslocariam ao local da explosão neste sábado.

A explosão aparentemente foi causada por um botijão de gás escondido em um dos carros, de acordo com a polícia.

La Grande-Motte, uma localidade próxima a Montpellier, tem cerca de 8.500 habitantes, mas sua população se multiplica durante a temporada turística de verão.

O estado de alerta na França e em outros países europeus está mais elevado desde o início da guerra em Gaza, em outubro passado. O governo francês registrou 887 atos antissemitas no primeiro semestre de 2024, quase três vezes mais do que no mesmo período de 2023.

O Conselho Representativo de Instituições Judaicas da França (CRIF) classificou a explosão como um "atentado contra a vida dos judeus".

"O uso de um botijão de gás em um carro na hora em que se espera que os fiéis cheguem à sinagoga não é simplesmente um incêndio criminoso", disse à AFP o presidente do CRIF, Yonathan Arfi. "Isso demonstra uma intenção de matar", afirmou.