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Agência nuclear pede 'máxima contenção' em Kursk, região russa invadida por tropas ucranianas

Agência Internacional de Energia Atômica teme um acidente no local, que abriga uma usina nuclear e uma unidade de transporte de gás; alertas similares têm sido feitos desde o início da guerra em 2022

Agência O Globo - GLOBO 09/08/2024
Agência nuclear pede 'máxima contenção' em Kursk, região russa invadida por tropas ucranianas
Agência nuclear pede 'máxima contenção' em Kursk, região russa invadida por tropas ucranianas - Foto: Reprodução/internet

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu nesta sexta-feira "máxima contenção" em torno da usina russa de Kursk, onde há uma luta feroz entre as tropas russas e as forças ucranianas que invadiram o país.

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"Gostaria de apelar a todas as partes para que exerçam a máxima contenção para evitar um acidente nuclear com consequências radiológicas potencialmente graves", disse o diretor-geral da agência, Rafael Grossi, em um comunicado. Grossi disse ainda que está "pessoalmente em contato com as autoridades competentes de ambos os países" e "continuará a informar a comunidade internacional" sobre a situação.

As tropas ucranianas lançaram uma incursão terrestre inesperada na região de Kursk na terça-feira, o que foi descrito pelo presidente russo, Vladimir Putin, como uma "provocação em grande escala". De acordo com o serviço de imprensa da usina nuclear, citado pela agência de notícias russa Ria Novosti, tudo está "funcionando normalmente" na usina, com níveis normais de radiação.

O local fica próximo à cidade de Kurchatov, que atualmente está sem eletricidade devido a um incêndio na subestação causado pela queda de fragmentos de drones ucranianos, disse o governador regional Alexei Smirnov. Na madrugada desta sexta, enquanto tentava controlar a incursão, o Ministério da Defesa russo informou que ao menos 75 drones foram abatidos.

Desde o início da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a AIEA tem alertado frequentemente sobre o risco de um acidente nuclear, especialmente na usina de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, a maior da Europa.