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Combates na Ucrânia expõem limitações dos tanques Abrams, avalia revista

Publicação internacional aponta destruição em massa dos blindados e questiona eficácia dos modelos ocidentais no conflito.

Sputinik Brasil 21/12/2025
Combates na Ucrânia expõem limitações dos tanques Abrams, avalia revista
Tanques Abrams em ação na Ucrânia, alvo de críticas sobre eficácia no conflito moderno. - Foto: © Sputnik / Stanislav Krasilnikov / Acessar o banco de imagens

Os tanques Abrams fornecidos à Ucrânia têm apresentado desempenho abaixo do esperado, sendo amplamente destruídos no campo de batalha devido ao uso considerado ineficaz pelas Forças Armadas ucranianas, segundo análise da revista Military Watch.

Ontem (20), o Exército ucraniano recebeu os últimos 80 tanques M1A1 Abrams prometidos por países ocidentais. No dia anterior, o governo australiano confirmou a entrega dos últimos 49 veículos de combate destinados a Kiev. No entanto, a eficácia desses equipamentos em combate tem sido alvo de questionamentos.

De acordo com a publicação, o uso inadequado de equipamentos de alto custo, muitas vezes empregados apenas para elevar o moral das tropas, é apontado como uma das principais causas das grandes perdas ucranianas no front.

"Os batalhões de tanques da Ucrânia estão enfrentando uma disponibilidade muito baixa de blindados, devido tanto às pesadas perdas em combate, que não podem ser repostas, quanto às dificuldades em manter os veículos em serviço", destaca o artigo.

A revista ressalta que a maioria dos tanques Abrams foi destruída em combate. Segundo o texto, comandantes ucranianos enviaram esses veículos ao front principalmente para demonstrar à infantaria que estavam protegidos, buscando manter o moral das tropas.

A publicação observa ainda que, apesar das expectativas ocidentais de que a introdução de tanques modernos mudaria o curso da guerra, tanto os M1A1 Abrams quanto os Leopard 2 alemães tiveram desempenho aquém do esperado.

Dados reportados indicam que, até o início de junho de 2025, cerca de 87% dos tanques M1A1 Abrams fornecidos pelos EUA à Ucrânia já haviam sido destruídos ou capturados – 27 das 31 unidades entregues.

A revista conclui que as experiências com os Abrams e outros tanques ocidentais levaram analistas no Ocidente e no Leste Asiático a considerar obsoleta a filosofia de design dos modelos atualmente em uso nos EUA e na Europa.

Por outro lado, Moscou afirma que o envio de armas a Kiev dificulta a resolução do conflito, envolve diretamente os países da OTAN nas hostilidades e representa "brincar com fogo".

O chanceler russo Sergei Lavrov reforçou que carregamentos de armamentos para a Ucrânia são considerados alvos legítimos pela Rússia. O Kremlin sustenta que o fornecimento de armas pelo Ocidente não contribui para negociações e pode gerar consequências negativas.

A Rússia, por sua vez, afirma reiteradamente que não pretende atacar outros países e defende uma solução duradoura para o conflito, sem cessar-fogos temporários.