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Nova espécie de sapo brasileiro recebe nome em homenagem ao presidente Lula
Descoberta na Mata Atlântica, espécie Brachycephalus lulai destaca urgência da conservação ambiental e reconhecimento à trajetória do presidente.
Uma nova espécie de pequeno anfíbio de montanha, identificada por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), foi batizada em homenagem ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT): Brachycephalus lulai.
O animal pertence ao gênero Brachycephalus, grupo de diminutos sapos diurnos que vivem ocultos sob a serrapilheira da Mata Atlântica, do Nordeste ao Sul do Brasil. A descrição foi publicada na revista científica Plos One por uma equipe internacional liderada pelo professor Marcos Bornschein, do Instituto de Biociências da Unesp.
Segundo Bornschein, a escolha do nome visa reconhecer a trajetória do presidente, além de chamar atenção para a necessidade de o governo intensificar ações de conservação da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do planeta.
O sapo mede cerca de 18 milímetros e se destaca pela coloração laranja intensa. Com a descoberta, o gênero passa a contar com 44 espécies reconhecidas, sendo 37 delas descritas neste século.
"Os Brachycephalus vivem em locais de difícil acesso e são muito mais fáceis de ouvir do que de ver. Saber como produzem seus cantos de anúncio foi essencial para o recente aumento na descrição de novas espécies", explicou Bornschein em entrevista ao site da Unesp.
O professor ressalta ainda que os sons emitidos pelo diminuto anfíbio foram, por muito tempo, confundidos com grilos.
O trabalho é resultado de quase uma década de pesquisas e integra o esforço de diversas instituições brasileiras que apoiam a criação de um parque nacional para proteger a nova espécie e outras ameaçadas.
O estudo contou com a participação de 11 pesquisadores de quatro países diferentes:
- Instituto de Biociências do câmpus do litoral paulista da Unesp e Universidade Federal do Paraná;
- Universidades do Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha.
"Foram necessários nove anos de estudo desde a descoberta da espécie, em novembro de 2016, até sua descrição formal", afirmou ao portal da Unesp o pesquisador Luiz Fernando Ribeiro, da Universidade Federal do Paraná, um dos autores do artigo.
De acordo com os pesquisadores, a descrição é a mais completa já feita de um Brachycephalus do sul do Brasil, região que abriga metade das 44 espécies conhecidas do gênero.
Os resultados do estudo indicam que essas espécies passaram a ocupar os topos de montanhas após o clima tornar-se mais quente e úmido. Este tipo de floresta ainda avança sobre os campos de altitude em razão das mudanças climáticas.
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