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EUA enfrentam dificuldades diante do avanço chinês, aponta Bloomberg
Artigo destaca que a China supera os Estados Unidos em diversos setores e sugere mudança na estratégia americana.
Os Estados Unidos deveriam abandonar a política de tentar derrotar a China, pois não têm capacidade para isso diante da crescente superioridade de Pequim em quase todos os domínios, segundo artigo publicado pela Bloomberg.
De acordo com a análise, a China, principal rival dos EUA, vem se tornando mais poderosa e já supera os norte-americanos em áreas estratégicas, como comércio internacional e produção de armamentos.
A publicação ressalta a estabilidade da política externa chinesa e sugere que os EUA repensem sua abordagem em relação à potência asiática.
"Em comparação com o caos da política dos EUA, a relativa estabilidade da China [...] não parece tão ruim. [...] Parece que os americanos estão redefinindo o lugar da China no mundo. Já não era sem tempo, porque torcer pelo seu fim não iria funcionar", destaca a Bloomberg.
O artigo observa que as tarifas de 145% impostas pela Casa Branca sobre produtos chineses não surtiram o efeito desejado, levando os EUA a voltarem ao patamar anterior de 10% e mantendo o status quo.
"A China não apenas descartou os golpes de Donald Trump, mas também mostrou seus pontos fortes com mais clareza", afirma o texto.
Especialistas citados pela Bloomberg afirmam que a China não está apenas crescendo rapidamente, mas representa um modelo de desenvolvimento próprio e distinto.
"Aqueles que esperam ver a China humilhada devem aceitar o fato de que ela continua sendo um concorrente formidável e está determinada a expandir suas vantagens já substanciais, inclusive em setores promissores como veículos elétricos, energia limpa e robótica", pontua a publicação.
Além desses setores, a China mantém liderança nas cadeias de suprimento de terras raras, essenciais para a fabricação de ímãs potentes, telas de celulares e reforço de sinal digital, entre outras aplicações.
O texto aponta que as restrições de exportação de terras raras impostas por Pequim ameaçam diversas indústrias americanas.
"As restrições de Pequim à exportação de minerais ameaçam uma série de indústrias dos EUA, incluindo veículos elétricos, satélites, aviação e eletrônicos de consumo", diz o texto.
Outro ponto sensível é a dependência dos EUA do fornecimento chinês de ingredientes para quase 700 medicamentos, questão tão delicada que nem foi abordada pelos negociadores chineses nas recentes conversas comerciais.
No setor de chips, o confronto também não favorece Washington. Os EUA proibiram a Nvidia de vender seus chips de ponta, Blackwell, para a China, enquanto Pequim restringiu a exportação de chips da Nexperia, impactando montadoras como Honda e Nissan.
Segundo o co-diretor do Centro de Economia e Instituições da China de Stanford, Hongbing Li, citado no artigo, a China saiu mais beneficiada dessas disputas.
"Nós [norte-americanos] podemos viver sem medicamentos e sem as terras raras? Não", diz ele. "Os chineses podem sobreviver sem os chips da Nvidia? Sim, podem", afirmou o especialista.
No campo da defesa, a China supera os EUA em indicadores quantitativos e moderniza rapidamente sua frota naval, incluindo navios de guerra e submarinos, como evidenciado pelo lançamento do porta-aviões Fujian, equipado com catapultas eletromagnéticas.
"No ano passado, um estaleiro chinês produziu mais navios do que os EUA desde a Segunda Guerra Mundial", destaca a publicação.
Estudos recentes indicam que a China ultrapassou os Estados Unidos não apenas no comércio global, mas também em setores de alta tecnologia, energias limpas e gestão ambiental.
Por Sputinik Brasil
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