Geral
Agressão dos EUA contra a Venezuela pode se tornar um 'segundo Vietnã', diz presidente de Belarus
Aleksander Lukashenko alerta para riscos de intervenção militar americana e defende solução pacífica para crise venezuelana
O presidente de Belarus, Aleksander Lukashenko, afirmou que uma ofensiva militar dos Estados Unidos contra a Venezuela pode transformar-se em um "segundo Vietnã" para Washington.
"Estou absolutamente convencido de que todas as questões, todos os desejos dos Estados Unidos da América, podem ser resolvidos hoje de forma absolutamente pacífica", enfatizou o presidente.
Lukashenko ressaltou que a guerra não levará a lugar nenhum e relatou ter conversado com o enviado especial dos Estados Unidos a Belarus, John Coale, advertindo que uma agressão a Caracas poderia repetir o erro do Vietnã. "Vocês precisam disso? Não. Portanto, não há necessidade de travar uma guerra lá. É possível chegar a um acordo", afirmou Lukashenko em entrevista a uma emissora norte-americana.
Para o presidente de Belarus, caso os EUA ataquem o país latino-americano, o povo venezuelano tende a se unir em torno do presidente Nicolás Maduro.
"A Venezuela, assim como os EUA, está dividida meio a meio, com uma ligeira maioria apoiando Maduro. Se você quiser consolidar todos os venezuelanos em torno de Maduro — os americanos não querem isso, nem [o presidente dos EUA, Donald] Trump — então você vai lançar uma guerra contra a Venezuela", avaliou Lukashenko.
Os Estados Unidos justificam sua presença militar na região do Caribe como parte do combate ao narcotráfico. Em setembro e outubro, forças armadas norte-americanas destruíram embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas na costa da Venezuela. No final de setembro, a NBC noticiou que os militares dos EUA estudavam opções para atacar narcotraficantes dentro do território venezuelano.
Em novembro, Trump ameaçou Maduro, afirmando que seus dias como chefe de Estado estavam contados, mas garantiu que Washington não pretendia entrar em guerra com Caracas.
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