A Fitch Ratings projeta que a demanda global por metais-chave, resiliente em 2025, continuará sendo apoiada por políticas fiscais flexíveis nas principais economias e por investimentos persistentes na transição energética.

Além disso, a agência destaca que um dólar mais fraco favorece o desempenho das commodities, resultando em uma perspectiva "neutra" para o setor global de mineração em 2026, conforme relatório divulgado nesta segunda-feira, 15.

"Os equilíbrios de mercado de médio prazo serão determinantes para os preços dos metais. Os mercados de cobre e alumínio continuam apertados, enquanto minério de ferro e zinco caminham para o excesso de oferta. Já o rali dos metais preciosos dificilmente se sustentará no longo prazo", avalia a Fitch.

A expectativa é de que a demanda por cobre e alumínio cresça entre 2,0% e 2,5% em 2026, impulsionando os preços e mantendo os mercados equilibrados. Sinais de recuperação na manufatura da Europa e dos EUA, aliados a índices de gerentes de compras em níveis neutros, reforçam esse cenário. A demanda mais fraca por matérias-primas para produção de aço e carvão térmico na China deve ser compensada pelo consumo incremental em outras regiões. Por outro lado, níquel e lítio devem permanecer em situação de excesso de oferta em 2026. Os metais preciosos, como ouro e prata, seguem beneficiados por tensões geopolíticas e pela busca por investimentos seguros, segundo a agência.

A Fitch ressalta ainda que o aumento da demanda global por energia, motivado pela elevação dos padrões de vida, eletrificação e uso intensivo de tecnologia, continua a sustentar a procura por materiais básicos e para baterias.