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Estatal venezuelana acusa EUA de ciberataque em meio a tensão diplomática
PDVSA afirma que ataque teve impacto limitado e relaciona episódio à disputa pelo petróleo venezuelano.
A Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), estatal do setor petrolífero, denunciou nesta segunda-feira, 15, ter sido alvo de um ciberataque com o objetivo de interromper suas operações. Em comunicado oficial, a empresa acusou os Estados Unidos de liderarem a ação, classificando-a como uma "ação deplorável, orquestrada por interesses estrangeiros em cumplicidade com fatores apátridas".
Segundo a PDVSA, o ataque afetou apenas o sistema administrativo, sem comprometer a produção de petróleo. "As áreas operacionais não foram afetadas, sendo um ataque ao sistema administrativo", informou a estatal, ressaltando que a continuidade da produção foi garantida graças à adoção de "protocolos seguros", o que permitiu manter o abastecimento do mercado interno e cumprir compromissos de exportação.
No comunicado, a empresa relaciona o incidente à "estratégia pública do governo dos Estados Unidos de se apoderar do petróleo venezuelano pela força e pela pirataria" e afirma que episódios semelhantes já ocorreram anteriormente. "Não é a primeira vez que o governo dos EUA, aliado a setores extremistas, tenta afetar a estabilidade nacional", destaca a nota.
A PDVSA é considerada a principal fonte de divisas da Venezuela e a espinha dorsal da economia do país, que possui as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo e produz cerca de um milhão de barris por dia.
A denúncia ocorre em meio a uma escalada nas tensões entre Caracas e Washington. O episódio foi divulgado poucos dias após o ex-presidente Donald Trump afirmar que forças americanas apreenderam um navio petroleiro próximo à costa venezuelana. Militares dos EUA têm sido mobilizados para operações contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico, ações que já resultaram em mais de 80 mortes. O governo dos Estados Unidos alega que o envio de tropas tem como objetivo combater cartéis de drogas latino-americanos. Já o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sustenta que o verdadeiro propósito das operações é pressioná-lo a deixar o poder.
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