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Panamá busca iniciar negociações comerciais com o Mercosul apenas pelo Brasil
Secretária do Itamaraty afirma que país centro-americano prioriza acordo bilateral como porta de entrada para o bloco sul-americano.
O Panamá manifestou interesse em iniciar negociações comerciais com o Mercosul por meio de acordos bilaterais exclusivamente com o Brasil, informou a secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixadora Gisela Padovan. Segundo a diplomata, essa abordagem é considerada natural pelo país centro-americano.
“Já em outubro, começamos negociações com o Canadá, ou recomeçamos, e os dois lados querem avançar rapidamente. Com a Índia também iniciamos um acordo, e o Japão quer primeiro firmar uma parceria estratégica para depois negociar um acordo comercial. Estamos iniciando diálogos com Indonésia e Vietnã, que são parceiros importantes no sudeste asiático. Então, há bastante movimento. Às vezes, não há mais negociações por falta de equipes negociadoras”, explicou Padovan, citando ainda Emirados Árabes e Panamá como países em tratativas.
A secretária mencionou também empreitadas na América Central e Caribe, como El Salvador.
Entre as prioridades do bloco, Padovan destacou o lançamento de um programa verde, voltado ao aprofundamento de práticas socioambientais seguras e sustentáveis na agricultura. O objetivo é transmitir ao mundo a sustentabilidade do setor. “Falar sobre essas práticas sustentáveis evita que barreiras protecionistas sejam revestidas de legislação ambiental, como vemos, por exemplo, na União Europeia”, pontuou.
A diplomata ressaltou ainda a importância do segmento de gestão de riscos de desastres dentro da agenda de sustentabilidade e como a cooperação entre os países do bloco pode ser fundamental. “Estamos vivenciando isso no dia a dia das nossas cidades, como São Paulo, por exemplo. Precisamos acelerar a coordenação, não só no Mercosul, mas também no âmbito do Consenso de Brasília, para tratar desse tipo de desastre. É um tema novo. Ninguém falava de gestão de riscos de desastres. Agora, é algo que queremos enfrentar, como quando caem árvores e ficamos dias sem luz”, exemplificou, referindo-se à situação recente na capital paulista.
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