Geral
Ampliação da faixa de isenção do IR deve impulsionar economia em 2026, afirma ministra
Esther Dweck destaca impacto da reforma tributária e defende papel das estatais no desenvolvimento econômico
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta segunda-feira (15) que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) contribuirá para a aceleração da economia brasileira em 2026. Segundo ela, o avanço será impulsionado também pelo equacionamento das relações com os Estados Unidos e pela queda das taxas de juros, especialmente a americana, em um cenário de inflação controlada e em declínio.
De acordo com Dweck, a mudança na tributação ajudará a reduzir desigualdades, ao tributar "quem ganhava muito e não pagava nada". A ministra classificou como "absurda" a afirmação de que o Brasil não está reduzindo desigualdades, destacando que há diversas medidas complementares nesse sentido.
"Já é a segunda vez na história do Brasil que conseguimos crescer reduzindo desigualdades, e ainda tentam dizer que isso não é verdade", defendeu, citando estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que comprova a redução das disparidades. "O estudo do Ipea é relevante porque utiliza diferentes formas de medir as desigualdades. O Brasil ainda tem uma das maiores desigualdades do mundo, mas negar os avanços é um equívoco", ressaltou.
A ministra também enfatizou o papel das estatais na economia nacional, destacando que, no conjunto, elas respondem por 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e têm apresentado bons resultados. Dweck criticou propostas de privatização, citando o recente apagão em São Paulo como exemplo dos riscos: "Bairros de classe altíssima ficaram dois dias sem luz. Imagine em bairros de classe média ou baixa, perdendo tudo que têm na geladeira".
Vale lembrar que a Grande São Paulo enfrentou um apagão após ventania histórica na semana passada. O fornecimento de energia na região é privatizado e operado pela Enel.
Dweck admitiu que os Correios passam por uma crise, assim como empresas postais de outros países, mas defendeu a manutenção da universalização dos serviços. "Estamos trabalhando há um ano para reestruturar os Correios", afirmou, mencionando que, em outros países, foi necessário associar os serviços postais a outras atividades.
Ela também destacou que a sobrevivência do setor de bens de capital no Brasil se deve ao apoio do BNDES. "Sem BNDES não haveria setor de bens de capital no país", afirmou.
Esther Dweck participou do evento "Democracia e Direitos Humanos: Empresas juntas por um Brasil mais igualitário", realizado na sede do BNDES, no centro do Rio de Janeiro.
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