São Paulo foi apontada como a oitava cidade mais estressante do mundo, de acordo com um estudo realizado pela empresa norte-americana de serviços financeiros Remitly. Embora a capital paulista seja conhecida pelo ritmo acelerado e pelos desafios urbanos, o levantamento revela que ela não lidera o ranking global de estresse. Mas o que explica essa posição?

O estudo indica que, na América Latina, questões relacionadas à segurança são os principais fatores de estresse. Já em cidades da Europa e da América do Norte, o custo de vida elevado pesa mais na avaliação dos moradores.

Confira as cidades mais estressantes segundo o ranking e suas pontuações:

- Nova York (EUA): 7,56
- Dublin (Irlanda): 7,55
- Cidade do México (México): 7,38
- Manila (Filipinas): 7,34
- Londres (Reino Unido): 7,25
- Milão (Itália): 7,25
- Atenas (Grécia): 7,23
- São Paulo (Brasil): 7,14
- Turim (Itália): 6,90
- Kolkata (Índia): 6,89

A análise considerou dados de 2025 da Universidade Cornell sobre Nova York, onde a maioria dos moradores cita o aumento do custo de vida como principal preocupação. Nova York, com nota 7,56, também enfrenta congestionamentos, altos índices de criminalidade e poluição.

Dublin, na Irlanda, aparece em segundo lugar devido ao intenso congestionamento e aos preços elevados de moradia, que superam a renda da população.

Por que São Paulo não lidera?

Apesar de apresentar um dos maiores índices de criminalidade entre as dez cidades do ranking, São Paulo obteve notas mais baixas em fatores como deslocamento (26,7 minutos para percorrer 10 km), custo de vida (37,1, enquanto Nova York marcou 100) e acima da média no acesso à saúde.

Como o ranking foi elaborado?

O estudo da Remitly avaliou 170 grandes cidades do mundo, considerando cinco fatores de estresse:

- Tempo médio para percorrer 10 km: duração das viagens diárias e impacto do trânsito;
- Índice de custo de vida: preços de alimentos, transporte e serviços públicos, sem considerar moradia;
- Índice de saúde: acessibilidade e qualidade do sistema de saúde, incluindo equipe, instalações, equipamentos e custos;
- Índice de criminalidade: percepção de segurança;
- Poluição média anual (µg/m3).

Cada fator recebeu uma pontuação, resultando em um índice final de estresse de 0 a 10 – quanto maior, mais estressante.

O levantamento também destaca Eindhoven, na Holanda, como a cidade menos estressante do mundo, graças a deslocamentos curtos, sistema de saúde robusto e baixos índices de criminalidade. O país europeu lidera a lista das cidades mais tranquilas, com quatro das dez menos estressantes: Eindhoven, Utrecht, Groningen e Rotterdam.