Geral

Preços de medicamentos para hospitais recuam 1,10% em novembro, aponta IPM-H

Índice da Fipe indica sétima queda consecutiva e destaca negociações mais competitivas no setor hospitalar

15/12/2025
Preços de medicamentos para hospitais recuam 1,10% em novembro, aponta IPM-H
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

Os preços de medicamentos para hospitais registraram queda média de 1,10% em novembro, segundo o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em dados transacionais da Bionexo.

O resultado amplia o recuo de 0,56% observado em outubro e marca o sétimo mês consecutivo de retração do indicador.

De acordo com Rodrigo Romero, vice-presidente de Crescimento da Bionexo, o movimento de queda reforça a importância do acompanhamento do mercado com dados reais e frequentes. "Para hospitais e fornecedores, isso significa mais previsibilidade, capacidade de negociação e eficiência na gestão dos recursos. O IPM-H cumpre esse papel ao traduzir tendências que muitas vezes não aparecem nos índices de inflação tradicionais, oferecendo ao setor uma referência segura para planejar seus próximos passos", afirma Romero.

Enquanto o IPM-H manteve a trajetória de baixa, os principais índices de referência seguiram caminhos distintos: o IPCA subiu 0,18% e o IGP-M teve alta de 0,27%. A taxa de câmbio também apresentou leve apreciação do real, com queda de 0,83% entre outubro e novembro.

Segundo Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe, o recuo mais intenso de novembro, acima da média histórica para o período, pode ser resultado de negociações mais competitivas entre hospitais e fornecedores e de um câmbio mais favorável para itens importados. "Ainda assim, o movimento não é homogêneo: enquanto grupos como imunoterápicos e medicamentos do aparelho geniturinário seguem com altas acumuladas, outros – como cardiovasculares, digestivos, musculoesqueléticos e do sistema nervoso – apresentam quedas expressivas, evidenciando a diversidade de dinâmicas dentro da cesta hospitalar", explica Oliva.

No recorte mensal, a maioria dos grupos terapêuticos que compõem a cesta do IPM-H apresentou variações negativas. Com o sétimo recuo consecutivo, a variação acumulada pelo IPM-H no balanço parcial de 2025 entrou no campo negativo, com queda de 0,62%.

Na análise anualizada, considerando os 12 meses encerrados em novembro, a retração acumulada do IPM-H chegou a 0,43%, aprofundando a trajetória negativa do índice.

Desde o início da série histórica, em janeiro de 2015, o IPM-H acumula alta nominal de 46%, refletindo a valorização generalizada dos preços dos medicamentos hospitalares em quase 11 anos.