O Instituto Brasil-Israel (IBI) cobrou uma manifestação do governo brasileiro sobre o ataque contra judeus ocorrido em Bondi Beach, Sydney, na Austrália, neste domingo, 14. Em nota à imprensa, o diretor-executivo da entidade, Pedro Kelson, afirmou que espera uma condenação "nos mais fortes termos" por parte do Brasil.

"Mais do que agir depois, é urgente intensificar ações preventivas que possam frear o crescimento de casos de antissemitismo na Austrália ou em qualquer outro lugar, preservando a segurança e o direito à fé de qualquer que seja a religião", destacou Kelson.

O diretor do IBI também alertou para o aumento dos casos de intolerância religiosa no país nos últimos anos. "Foram pichações, incêndios em sinagogas, casos de violência e que culminam agora nessa tragédia, muitas vezes tendo como disfarce ou falsa argumentação o antissionismo", pontuou.

O ataque aconteceu na madrugada deste domingo, durante a celebração do feriado judaico de Chanucá. Segundo as autoridades australianas, até o momento, 12 pessoas morreram e 29 ficaram feridas.

Governos de diversas partes do mundo vêm se manifestando sobre o episódio. Israel, por sua vez, acusou o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, de não enfrentar o aumento do antissemitismo no país.

Em evento oficial em Dimona, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que, em agosto, enviou uma carta a Albanese alertando que "a política do governo australiano estava promovendo e encorajando o antissemitismo na Austrália".