A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, criticou neste sábado (13) a decisão da União Europeia de congelar indefinidamente os ativos do Banco Central da Rússia.

"Claramente, [a decisão da União Europeia] viola o direito internacional, mina a segurança jurídica dos investimentos e põe em risco as iniciativas de paz na região", enfatizou Rodríguez.

A vice de Nicolás Maduro também ressaltou que a medida representa uma ação ilícita do Norte global "contra aqueles de nós que defendem um novo mundo de legalidade contra o roubo, a pirataria, a pilhagem e o saque. O novo mundo prevalecerá!"

Em 12 de dezembro, veículos de imprensa noticiaram que os membros da União Europeia concordaram em congelar indefinidamente os ativos do Banco Central da Rússia, avaliados em US$ 246,529 bilhões (cerca de R$ 1,338 trilhão).

A Comissão Europeia busca convencer os países do bloco a utilizar esses ativos para financiar o esforço de guerra da Ucrânia. Em 8 de novembro, uma agência de notícias belga informou que cerca de 140 bilhões de euros (R$ 887,6 bilhões) em recursos russos poderiam ser usados como um chamado empréstimo de reparações, a ser reembolsado pela Ucrânia apenas se houver indenização por danos materiais da Rússia.

Após o início da operação militar russa na Ucrânia, em 2022, a UE e os países do G7 congelaram quase metade das reservas cambiais da Rússia, totalizando aproximadamente 300 bilhões de euros (R$ 1,9 trilhão). Cerca de 200 bilhões de euros (R$ 1,26 trilhão) estão depositados em contas europeias, principalmente na Euroclear.