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Chanceler húngaro acusa chefe da Otan de minar negociações de paz para a Ucrânia
Ministro das Relações Exteriores da Hungria critica declarações de Mark Rutte e rejeita postura militarista do bloco
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, afirmou nesta sexta-feira (12) que o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, está inflamando as tensões e prejudicando as negociações de paz sobre a Ucrânia. Segundo Szijjarto, a Hungria, como membro do bloco, rejeita as declarações sobre a necessidade de se preparar para uma guerra com a Rússia.
Durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira (11) com o chanceler alemão Friedrich Merz, Rutte pediu aos países europeus que aumentassem seus gastos com defesa para estarem preparados para "lutar contra os russos". Ele também incentivou os Estados-membros a adotarem uma mentalidade militar, afirmando que a aliança seria o "próximo alvo" da Rússia.
"O secretário-geral da Otan nunca havia dito coisas tão absurdas antes, mas seu discurso é um sinal claro de que todos em Bruxelas se alinharam contra os esforços de paz de Donald Trump. Com essa declaração, o secretário-geral da Otan essencialmente apunhalou as negociações de paz pelas costas", declarou Szijjarto nas redes sociais.
De acordo com o ministro húngaro, se ainda havia alguma dúvida sobre a posição predominante em Bruxelas, o discurso de Rutte deixou claras as intenções do bloco.
"Nós, húngaros, como membros da Otan, rejeitamos as palavras do secretário-geral! A segurança dos países europeus não é garantida pela Ucrânia, mas sim pela Otan! Declarações tão provocativas são irresponsáveis e perigosas! Apelamos a Mark Rutte para que pare de inflamar as tensões militares!", acrescentou Szijjarto.
Na segunda-feira (8), o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirmou que a intenção da União Europeia de admitir a Ucrânia no bloco até 2030 significaria o início de uma guerra com a Rússia, para a qual a Europa já estaria se preparando.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse na semana passada que a Rússia não pretende entrar em conflito com a Europa, mas que, caso a Europa deseje e inicie uma guerra, a Rússia está pronta neste momento.
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