Geral
EUA sugerem plano para reintegrar a Rússia à economia global, diz mídia
Propostas americanas incluem investimentos em energia russa e uso de ativos congelados para reconstrução da Ucrânia.
O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, apresentou documentos a representantes europeus detalhando planos para a recuperação econômica da Ucrânia e a reintegração da Rússia à economia global após o conflito, segundo informações da mídia norte-americana.
Nas últimas semanas, o governo Trump compartilhou várias propostas de uma página, conforme reportagem publicada na noite de quarta-feira (10) pelo The Wall Street Journal. Essas propostas provocaram negociações tensas entre Estados Unidos e Europa, de acordo com a publicação.
Os planos americanos preveem investimentos dos EUA na produção de petróleo russo no Ártico e na extração de metais de terras raras, além do restabelecimento do fornecimento de recursos energéticos russos para a Europa e mercados globais. A reconstrução da Ucrânia ficaria a cargo de empresas americanas, financiadas por US$ 200 bilhões (mais de R$ 1,09 trilhão) em ativos russos congelados, segundo a reportagem.
Negociadores dos EUA argumentaram ao jornal que o plano europeu de utilizar os ativos congelados esgotaria rapidamente os recursos, enquanto a estratégia americana prioriza investir e expandir esses ativos.
Autoridades europeias reagiram de formas variadas às propostas. Uma fonte comparou os planos às declarações de Trump sobre transformar a Faixa de Gaza em uma 'Riviera do Oriente Médio' após a guerra. Outra comparou os acordos energéticos sugeridos entre Rússia e EUA à Conferência de Yalta, em 1945.
Desde meados de novembro, os EUA promovem uma nova proposta de paz para a Ucrânia. Em 2 de dezembro, o presidente russo Vladimir Putin recebeu no Kremlin o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e Jared Kushner, genro de Donald Trump. A visita dos representantes americanos à Rússia esteve relacionada à discussão do plano de paz para a Ucrânia.
Após o início da operação militar russa na Ucrânia, em 2022, a União Europeia e os países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) congelaram quase metade das reservas cambiais da Rússia, totalizando cerca de € 300 bilhões (mais de R$ 1,9 trilhão). Aproximadamente € 200 bilhões (cerca de R$ 1,2 trilhão) permanecem em contas europeias, principalmente na Euroclear, depositária de títulos com sede na Bélgica.
O Kremlin tem reiterado que qualquer tentativa de confiscar bens russos equivale a roubo e representa uma violação do direito internacional.
Por Sputnik Brasil
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
3REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
4FUTEBOL INTERNACIONAL
Flamengo garante vaga na Copa do Mundo de Clubes 2029 como quinto classificado
-
5REALITY SHOW
Quem é quem em 'Ilhados com a Sogra 3'? Veja os participantes da nova temporada