Geral
Bolsas europeias fecham em queda, pressionadas por setores de automóveis e defesa
Investidores aguardam decisão do Fed e reagem a declarações de Lagarde; ações de luxo e mineradoras têm desempenho misto
As principais bolsas da Europa encerraram a sessão desta quarta-feira, 10, majoritariamente em queda, refletindo a pressão dos setores de automóveis, defesa e luxo. O mercado também esteve atento à decisão final de política monetária do Federal Reserve (Fed), prevista para após o fechamento europeu, além dos comentários da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,14%, aos 9.655,53 pontos. Já o DAX, em Frankfurt, recuou 0,22%, a 24.110,03 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, caiu 0,37%, para 8.022,69 pontos. O FTSE MIB, de Milão, cedeu 0,25%, fechando aos 43.465,34 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve leve alta de 0,07%, a 16.746,70 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, subiu 0,89%, a 8.018,62 pontos. Os dados são preliminares.
No Stoxx 600, os subíndices de automóveis (-1,5%), defesa (-0,9%) e luxo (-0,6%) lideraram as perdas. Entre os destaques negativos, Leonardo (-1,9%) e Banca Mediolanum (-0,6%) devolveram parte dos ganhos anteriores e pressionaram a Bolsa de Milão. Em Amsterdã, a Aegon desvalorizou 10% após detalhar planos para transferir sua sede para os EUA e adotar novo nome.
No setor de luxo, a LVMH recuperou-se ao longo do pregão e fechou em alta de 0,3% em Paris, após um início de sessão pressionado pela convocação de greve em suas unidades de champanhe pela CGT, que reivindica bônus de fim de ano.
As mineradoras, como a Antofagasta (+0,4%), ajudaram a sustentar Londres, com o subíndice de recursos básicos avançando 0,8%, impulsionado pela alta dos preços dos metais. FirstGroup (+4,5%) e Volution (+3,2%) também subiram após anúncios corporativos, enquanto Berkeley valorizou 3,3% ao reiterar projeções.
Em Frankfurt, a Delivery Hero disparou mais de 12% após anunciar que avalia alternativas estratégicas. Por outro lado, a Thyssenkrupp caiu cerca de 1%, mesmo após divulgar lucro trimestral.
No cenário macroeconômico, Lagarde afirmou que o BCE pode revisar para cima as projeções de crescimento da zona do euro ainda este mês, ressaltando que a prioridade da instituição continua sendo o combate à inflação. Analistas do Deutsche Bank projetam que o comunicado do Fed deve sinalizar dificuldade para novos cortes de juros no início de 2026.
Com informações da Dow Jones Newswires
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