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Haddad defende corte de benefícios tributários para viabilizar Orçamento de 2026

Ministro da Fazenda afirma que aprovação de projeto que reduz incentivos fiscais é fundamental para o equilíbrio fiscal no próximo ano.

10/12/2025
Haddad defende corte de benefícios tributários para viabilizar Orçamento de 2026
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (10) que a aprovação do projeto que prevê um corte linear nos benefícios tributários concedidos pelo governo é fundamental para fechar o Orçamento de 2026.

Em conversa com jornalistas na portaria do ministério, Haddad destacou que somente esse projeto pode garantir um acréscimo de R$ 20 bilhões ao Orçamento do próximo ano, valor que depende de aprovação ainda em 2024.

"O Congresso ficou de iniciar esse trabalho de corte linear, uma vez que o gasto tributário no Brasil beira R$ 800 bilhões. Estamos falando de R$ 20 bilhões, que não é comparável, mas é um começo. E isso é essencial para fechar a peça orçamentária", afirmou.

O ministro também comentou que, caso o Congresso aprove o segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, atualmente na Câmara após passar pelo Senado, existe uma "chance muito boa" de o governo testar o novo sistema operacional da reforma já em 2026.

"Temos uma chance muito boa de, votando essa última etapa da reforma tributária, implementar no Serpro o sistema operacional, garantindo um ano de tranquilidade para testar o modelo, calcular as alíquotas média e máxima, e manter o compromisso de não aumentar ou reduzir a carga tributária, visando o equilíbrio fiscal. Assim, poderemos inaugurar o novo sistema tributário em 1º de janeiro de 2027", explicou.

Segundo Haddad, essa última etapa da reforma já está pronta e o relatório na Câmara foi pactuado com o ministério.

Questionado sobre o projeto que reduz penas para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o ministro preferiu não comentar. Ressaltou, porém, que o governo tem condições de iniciar 2026 em boa situação fiscal.

"Vamos entrar num ciclo positivo. A inflação já está controlada, o crescimento superou as previsões do mercado e o desemprego está baixo. Temos tudo para começar bem o ano, acredito que vamos entrar com certa tranquilidade", concluiu.