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Haddad afirma que aporte aos Correios está previsto no arcabouço fiscal

Ministro da Fazenda destaca que empréstimo à estatal avança, mas aporte só ocorrerá se negociação com bancos não prosperar.

10/12/2025
Haddad afirma que aporte aos Correios está previsto no arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (10) que as negociações para um empréstimo aos Correios, com aval da União, estão avançadas. Em conversa com jornalistas na portaria do ministério, Haddad ressaltou que ainda existe a possibilidade de o governo realizar um aporte na estatal, mas garantiu que essa medida respeitaria os limites do arcabouço fiscal.

"Um caminho é o aporte, que pode se tornar necessário se não chegarmos a um acordo com o pool de bancos que financiará a reestruturação da companhia. Não vamos ficar com a faca no pescoço por conta da incompreensão de uma ou outra instituição financeira", destacou o ministro.

Ele acrescentou: "Não estamos pensando em nada fora do arcabouço. Estamos considerando um aporte, se necessário, dentro do arcabouço. Temos margem neste ano e poderíamos realizá-lo. No entanto, não é o que está no radar neste momento. Como as conversas avançaram, o que buscamos é o empréstimo com aval do Tesouro e uma reestruturação séria".

Haddad explicou que falta apenas concluir as negociações com os bancos para finalizar o empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios. Segundo ele, diversos países encontraram soluções para manter serviços essenciais das estatais sem recorrer à privatização.

Em outros países, destacou o ministro, foi feito um arranjo para garantir a sustentabilidade das empresas públicas postais, agregando outros serviços além do postal.

Segundo Haddad, o plano de reestruturação dos Correios prevê alternativas de negócios para a estatal, como produtos financeiros, previdência e seguros.

"O plano de reestruturação que o senhor está apresentando vai explorar essas possibilidades", finalizou.