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Haddad condiciona fechamento do Orçamento de 2026 à votação de corte em benefícios tributários
Ministro da Fazenda afirma que aprovação de projeto que reduz incentivos fiscais é essencial para equilibrar contas públicas no próximo ano.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (10) que a aprovação do projeto que prevê um corte linear nos benefícios tributários concedidos pelo governo é fundamental para fechar o Orçamento do próximo ano. Em conversa com jornalistas na portaria do ministério, Haddad destacou que apenas esse projeto pode garantir R$ 20 bilhões ao Orçamento de 2026, e ressaltou a necessidade de votação ainda este ano.
"O Congresso ficou de iniciar esse trabalho de corte linear, uma vez que o gasto tributário no Brasil beira R$ 800 bilhões. Estamos falando de R$ 20 bilhões, não é nada comparável, mas é um começo. E isso é essencial para fechar a peça orçamentária", declarou o ministro.
Haddad também comentou que, caso o Congresso aprove o segundo projeto de regulamentação da reforma tributária — atualmente em tramitação na Câmara após aprovação no Senado —, há uma "chance muito boa" de o governo testar o novo sistema operacional da reforma em 2026.
"Então, nós temos uma chance muito boa de, votando essa última perna da reforma tributária, colocar no Serpro o Sistema Operacional, um ano de tranquilidade para testar modelo, testar o Sistema Operacional, fazer os cálculos todos sobre alíquota média, alíquota máxima, com o compromisso de não permitir aumento de carga, nem diminuição de carga para fins de equilíbrio fiscal, e inaugurar o novo Sistema Tributário em 1º de janeiro de 2027", afirmou Haddad.
Segundo o ministro, essa etapa final da reforma já está pronta e o relatório foi pactuado com o ministério na Câmara.
Questionado sobre o projeto que reduz penas para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, Haddad preferiu não comentar. Ele ressaltou, contudo, que o governo está otimista quanto à situação fiscal para 2026.
"Nós vamos entrar num ciclo bom. A inflação já está dentro da meta. O crescimento, de novo, foi maior do que o mercado previa. Desemprego baixo. Temos tudo para entrar bem no ano... então, eu acredito que nós vamos entrar o ano com uma certa tranquilidade", concluiu o ministro.
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