Geral
MIDR impulsiona presença de pequenos e médios negócios no exterior
Missão brasileira no Egito fortalece cooperação técnica e prospecção de parcerias estratégicas para ampliar mercados e fortalecer cadeias produtivas
Brasília (DF) - Com o objetivo de fortalecer a inserção internacional das cadeias produtivas apoiadas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, o MIDR participou, nesta terça-feira (8), no Cairo, da Food Africa 2025, principal feira de alimentos e bebidas do Norte da África e do Oriente Médio. A missão brasileira também promoveu a agenda de intercâmbio técnico com instituições egípcias, em temas como agricultura irrigada, segurança alimentar, certificações e modelos de desenvolvimento regional.
A participação na Food Africa reforça a estratégia do Governo Federal de ampliar oportunidades comerciais para pequenos e médios empreendimentos nacionais. A feira reúne empresas e compradores de dezenas de países e funciona como porta de entrada para mercados da África, do Oriente Médio e do Mediterrâneo. O evento atrai redes varejistas, distribuidores, representantes governamentais e compradores institucionais que buscam fornecedores para um mercado em franca expansão.
”Nosso foco é criar novas possibilidades de venda, abrir mercados e capacitar nossos produtores para que possam exportar e competir em nível global. Estamos trazendo empreendimentos de mel, açaí e da biodiversidade que fazem parte das Rotas de Integração Nacional. Essas rotas não apenas conectam os produtores a novos mercados, mas também promovem a diversificação de produtos, acesso a tecnologias e capacitação", afirmou Edgar Caetano, diretor do Departamento de Projetos e Sistemas Produtivos Regionais e Territoriais.
Durante a missão, o MIDR se reuniu com autoridades egípcias e representantes do setor privado para discutir boas práticas na gestão de recursos hídricos, irrigação em áreas semiáridas, desenvolvimento territorial, certificação halal e promoção comercial de produtos agroalimentares. Os encontros permitiram apresentar o modelo das Rotas de Integração Nacional e mapear oportunidades para ampliar a presença de produtos brasileiros, especialmente frutas, mel, cacau, castanhas e alimentos processados.
Mercado egípcio de alimentos
O Egito é um dos principais mercados consumidores do continente africano, com população estimada em mais de 110 milhões de habitantes e forte demanda por alimentos. O país também atua como distribuidor regional para mercados árabes e africanos, o que amplia o potencial de inserção de empreendimentos brasileiros apoiados pelo MIDR. Com o crescimento do consumo urbano, a busca por frutas tropicais, produtos certificados e alimentos de maior valor agregado tem se intensificado.
A delegação brasileira também acompanhou atividades de promoção comercial organizadas pela ApexBrasil, que mobilizou empresas participantes do Projeto Halal do Brasil. A iniciativa estimula a exportação de produtos certificados halal para mercados muçulmanos e tem potencial de ampliar a presença de cooperativas e agroindústrias brasileiras nesses destinos.
Para o presidente da Cooperativa dos Produtores Agroextrativistas do Bailique e Beira Amazonas (Amazonbai), Amiraldo Enuns de Lima Picanço, líder e defensor do desenvolvimento sustentável e da valorização das famílias produtoras de açaí na Amazônia, a participação do evento é uma ótima oportunidade para apresentação do produto brasileiro para o mercado mundial. "Viemos do Amapá, da foz do Rio Amazonas, para participar desta feira por meio da Rota da Integração Nacional, com o apoio do ministro Waldez. Estamos muito felizes em apresentar nosso produto a um mercado com mais de 1,3 bilhão de consumidores. Agradecemos o apoio do governo brasileiro, da ApexBrasil e do MAPA, que se uniram ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para viabilizar a participação das cooperativas do Amapá na Rota da Integração Nacional", destacou o presidente da cooperativa.
A agenda no Cairo inclui visitas técnicas a instituições de pesquisa, centros de certificação e áreas produtivas que utilizam tecnologias de irrigação avançada. O intercâmbio permitirá identificar práticas que podem contribuir para o desenvolvimento de regiões brasileiras com características climáticas semelhantes às do norte africano, sobretudo no semiárido.
Certificação Halal
O selo Halal significa que um produto atende aos requisitos da lei islâmica e atesta que o produto foi produzido por meio de práticas como o abate de animais em nome de Deus, sem crueldade e com a drenagem completa do sangue.
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