O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil estava preparado para enfrentar as turbulências comerciais provocadas pela elevação das tarifas dos Estados Unidos. Segundo o ministro, o restabelecimento das boas relações diplomáticas permitiu ao país abrir novos mercados e superar o momento adverso.

"Não podemos ficar de costas para um grande parceiro comercial como os Estados Unidos, mas estávamos preparados. Abrimos muitos mercados, ampliamos os mercados que já eram abertos e isso nos deu uma condição melhor, inclusive, de negociar", declarou Fávaro a jornalistas durante o Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas. "Estávamos bem posicionados, queremos fortalecer as relações comerciais com os Estados Unidos, mas não estávamos totalmente vulneráveis", acrescentou.

Para Fávaro, o governo brasileiro conduziu as negociações tarifárias com os Estados Unidos com "sabedoria", classificando o episódio como um "feito histórico".

"O Congresso aprovou a lei da reciprocidade, colocando mais uma arma na caneta do presidente da República, mas ele não precisou usar. Com sabedoria, ele não usou, mas tinha a arma na mão", observou o ministro.

De acordo com Fávaro, o desafio do agronegócio brasileiro é continuar crescendo, buscando novos mercados para os produtos agropecuários em um cenário de preços baixos das commodities e elevado endividamento no campo.