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TJAL abre exposição “Não nos Mate” em apoio aos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher

Mostra reúne obras de alunos da rede pública e reforça a importância da conscientização sobre violência doméstica

Diretoria de Comunicação - Dicom TJAL 26/11/2025
TJAL abre exposição “Não nos Mate” em apoio aos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher
Obras estarão expostas no hall do TJAL até a próxima semana. - Foto: Stephany Domingos

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) abriu, nesta quarta-feira, 26, a exposição temporária “Não nos Mate”, instalada no hall de entrada do prédio-sede. A mostra integra a programação dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, organizada pela Coordenadoria da Mulher do TJAL, e permanece aberta à visitação até a próxima semana.

A exposição reúne desenhos e obras produzidos por alunos de três escolas públicas estaduais e nasceu como uma iniciativa educativa para sensibilizar jovens e a comunidade sobre a violência doméstica e a importância da igualdade de gênero. 

A coordenadora da Mulher do TJAL, juíza Eliana Machado Acioly, destaca que a violência contra a mulher representada nas telas expostas atinge a todos os expectadores de diferentes formas, provocando emoções e compreensões que transcendem o falar em palestras. "Espero que todos que transitam neste ambiente possam apreciá-las e senti-las, ajudando a compreender esse triste fenômeno que é a violência de gênero contra a mulher".

Projeto

As peças são resultado de um projeto coordenado pela professora Luciana Luz, com participação das Escolas Estaduais Professora Gilvana Ataíde Cavalcante Cabral, Guiomar de Almeida Peixoto e Dr. José Maria Correia das Neves.

Segundo a secretária da Coordenadoria da Mulher, Emanuelle Melo, a proposta surgiu após a professora conhecer a estudante Claudinete, que tornou-se cadeirante ao sofrer violência doméstica. Ela explica que a história sensibilizou a docente, que decidiu trabalhar o tema com alunos da Educação de Jovens e Adultos e, posteriormente, com turmas do ensino médio. 

“A exposição retrata a violência contra a mulher e, durante os 21 dias de ativismo, queremos que servidores compreendam o impacto desse ciclo, que também atinge os filhos”, afirmou. 

Emanuelle destacou ainda que todas as obras são produzidas pelos alunos e que o projeto é mantido com recursos próprios da professora, podendo ser replicado em outros espaços interessados.

Para a psicóloga da Coordenadoria da Mulher, Karla Alvarenga, a mostra também reforça a atuação dos servidores diante dos casos de violência. Ela lembra que o fenômeno ainda é frequente e atravessa histórias pessoais e familiares. 

“É uma exposição que toca emocionalmente. Se alguma mulher estiver passando por isso, que saiba que pode buscar ajuda e que toda mulher tem direito a viver sem violência”, disse. 

Flor de Mandacaru

Karla também ressaltou que o TJAL oferece acolhimento por meio do Programa Flor de Mandacaru, voltado a servidoras e profissionais que atuam no Tribunal, além do atendimento à população geral pela Casa da Mulher Alagoana, Ministério Público e Defensoria.

A exposição chamou a atenção de Conceição de Souza Leão, servidora da Diretoria de Contabilidade do TJAL (Diconf) que parou para apreciar as obras. Ela destacou a relevância do tema e a força estética e simbólica das pinturas. 

“As campanhas são essenciais para conscientizar homens e mulheres sobre a gravidade desses crimes, e as obras impressionam pela forma como representam a violência e provocam reflexão”.

A servidora Conceição de Souza parou para apreciar a exposição. Foto: Stephany Domingos

Com variedade de técnicas e estilos, as criações dos estudantes expressam emoções, vivências e percepções sobre a violência de gênero, convidando o público a refletir sobre a realidade enfrentada por tantas mulheres e sobre o papel de toda sociedade na construção de um futuro mais seguro e igualitário.

21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher

As ações do 21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher contarão também com palestras de sensibilização sobre o tema que serão realizadas pelos magistrados em escolas do da capital e do interior.