O Governo Central — que engloba Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registrou superávit primário de R$ 35,527 bilhões em outubro, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional. O desempenho reverte o déficit de R$ 14,497 bilhões apurado em setembro.

O resultado de outubro ficou alinhado à mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava superávit de R$ 36,875 bilhões. As estimativas do mercado financeiro variavam de R$ 12,0 bilhões a R$ 43,4 bilhões.

O superávit primário deste outubro foi inferior ao registrado no mesmo mês de 2024, quando ficou em R$ 41,046 bilhões.

As despesas do Governo Central tiveram alta real de 9,2% em relação a outubro de 2024, enquanto as receitas cresceram 4,5% na mesma base de comparação.

Acumulado do ano

De janeiro a outubro de 2025, o Governo Central acumula déficit primário de R$ 63,740 bilhões. No mesmo período de 2024, o resultado negativo era de R$ 62,527 bilhões, sem ajuste pelo IPCA. No acumulado do ano, as despesas cresceram 3,3% em termos reais, e as receitas, 3,7%.

Considerando os últimos 12 meses até outubro, o déficit primário soma R$ 41,929 bilhões, o equivalente a 0,35% do Produto Interno Bruto (PIB). As despesas obrigatórias representam 17,3% do PIB, enquanto as discricionárias correspondem a 1,55%.

A meta fiscal para 2025 prevê déficit zero, com tolerância de 0,25% do PIB para mais ou para menos.

Desempenho por órgãos

As contas do Tesouro Nacional, incluindo o Banco Central, apresentaram superávit primário de R$ 57,248 bilhões em outubro. No acumulado do ano até outubro de 2025, o superávit dessas contas chega a R$ 243,249 bilhões.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou déficit primário de R$ 20,721 bilhões em outubro. No acumulado do ano, o resultado negativo do INSS soma R$ 306,989 bilhões.

O Banco Central, isoladamente, teve déficit de R$ 152,4 milhões em outubro. No acumulado de 2025, a autarquia registra déficit de R$ 675 milhões.