O Banco Central divulgou nesta quarta-feira, 26, que a taxa média de juros no crédito livre subiu de 45,5% em setembro para 46,3% em outubro. No mesmo período de 2024, a taxa estava em 40,2%.

Para pessoas físicas, o juro médio do crédito livre passou de 58,3% (dado revisado de 58,2%) para 58,7%. Já para empresas, a taxa avançou de 24,2% (dado revisado de 24,5%) em setembro para 25,2% em outubro.

Cheque especial

A taxa do cheque especial apresentou leve recuo, passando de 140,7% (dado revisado de 141%) para 139,3%. No crédito pessoal total, a taxa subiu de 49,1% para 49,4%.

Veículos

O juro médio para aquisição de veículos variou de 27,3% para 27,4%.

Operações livres e direcionadas

A taxa média no crédito total, que engloba operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), oscilou de 31,3% para 31,9%. Em outubro de 2024, estava em 27,9%.

Indicador de Custo de Crédito (ICC)

O ICC passou de 23,5% para 23,6%. O índice reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, mostra a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

Spread bancário

Segundo o BC, o spread médio em operações de crédito livre aumentou de 31,9 pontos em setembro para 32,6 em outubro. O spread representa a diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o valor efetivamente cobrado dos clientes finais.

No segmento de pessoa física, o spread médio oscilou de 44,4 pontos (dado revisado de 44,3 pontos) para 44,8. Para empresas, passou de 10,9 pontos (dado revisado de 11,2 pontos) para 11,9 pontos no mesmo período. No crédito direcionado, com recursos da poupança e BNDES, o spread foi de 4,0 pontos em setembro para 4,1 em outubro. O spread do crédito total, que inclui livre e direcionado, variou de 20,3 pontos para 20,8 pontos.

Inadimplência

A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre permaneceu em 5,3% em outubro, mesmo nível de setembro. Para pessoas físicas, a taxa continuou em 6,7%. Nas empresas, oscilou de 3,2% para 3,3%.

No crédito direcionado, com recursos da poupança e do BNDES, a inadimplência foi de 2,0% para 2,2% de setembro para outubro. Considerando o crédito total (livre e direcionado), a taxa passou de 3,9% para 4,0%.