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Bolsas europeias recuam após queda em Wall Street e pressão sobre commodities

Ações do setor de tecnologia e empresas de commodities lideram perdas após realização de lucros nos Estados Unidos e preocupações com investimentos em inteligência artificial.

Patricia Lara 21/11/2025
Bolsas europeias recuam após queda em Wall Street e pressão sobre commodities
- Foto: Reprodução

São Paulo, 21/11/2025 – As bolsas europeias operam em queda nesta sexta-feira, refletindo o ajuste à piora observada no fim do pregão em Wall Street. O movimento ocorre após a euforia inicial com o balanço e as projeções da Nvidia perder força diante das preocupações com os múltiplos elevados das ações de tecnologia e os altos investimentos necessários para novas estruturas de inteligência artificial. Mineradoras e petrolíferas também registram baixas expressivas em Londres, acompanhando o recuo das commodities.

Por volta das 7h32 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 1,02%, aos 558,11 pontos. No mesmo horário, a Bolsa de Londres caía 0,73%, Paris tinha baixa de 0,9% e Frankfurt perdia 1,4%. As bolsas de Milão e Lisboa apresentavam perdas de 1,35% e 2,03%, respectivamente, enquanto Madri recuava 1,29%.

Entre as fabricantes de chips, ASML registrava queda de 5,6% em Amsterdã, enquanto a Nordic Semiconductor recuava 4,3% em Oslo. Em Frankfurt, a Infineon cedia 3,5%.

Em Londres, a Polar Capital liderava as perdas percentuais do FTSE 100, com baixa de 5,1%. O setor de mineração era pressionado, com Antofagasta e Fresnillo em quedas de 4,3% e 3,08%, respectivamente.

As petrolíferas BP e Shell recuavam 1,5% e 1,4%, respectivamente, impactadas pela desvalorização superior a 2% nos contratos futuros do petróleo. Na França, a TotalEnergies perdia 1,1%, enquanto a Repsol despencava 4,9% em Madri.

Os investidores também repercutem dados sobre a atividade econômica da zona do euro, Alemanha e Reino Unido, divulgados na manhã desta sexta-feira. Em Londres, as expectativas em torno da apresentação do orçamento no dia 26 de novembro influenciaram o desempenho do PMI britânico, segundo análise do Berenberg.

“As preocupações com o conteúdo do Orçamento de 26 de novembro provavelmente afetaram negativamente a pesquisa PMI do Reino Unido em novembro, mas a queda em alguns dos subíndices reforça a perspectiva de um corte na taxa de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) em 18 de dezembro”, aponta o relatório do Berenberg.

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