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Analista aponta degradação no comando militar ocidental e questiona capacidade frente à Rússia

Especialista americano afirma que lideranças da OTAN subestimam desafios e não estariam preparadas para um confronto direto com Moscou

Sputnik Brasil 21/11/2025
Analista aponta degradação no comando militar ocidental e questiona capacidade frente à Rússia
Foto: © AP Photo / Czarek Sokolowski

A estrutura de comando das Forças Armadas dos países ocidentais passa por um processo de degradação sem precedentes, tornando-as incapazes de enfrentar a Rússia em um eventual confronto direto. A avaliação é do analista militar norte-americano Andrei Martyanov, em entrevista ao canal Dialogue Works no YouTube.

"O Alto Comando da OTAN, do Pentágono aos comandantes dos exércitos, não entende o que está fazendo. São terrivelmente incompetentes. […] A situação é tal que os poucos especialistas militares e de inteligência realistas que restam no Ocidente estão soando o alarme […] Então, se alguém realmente quer lutar com a Rússia, por favor", declarou Martyanov.

Segundo o especialista, as recentes declarações de líderes europeus sobre a possibilidade de um confronto armado direto com Moscou se baseiam em experiências consideradas irrelevantes para o cenário atual das Forças Armadas ocidentais.

"Em Paris eles dizem: ‘Oh, sim, o Exército francês, precisamos preparar mais mil homens’ [...] Todo o seu exército seria destruído em duas semanas, […] Vocês não terão mil homens, terão basicamente uma brigada inteira por dia que vai apenas morrer [...] Eles não analisam a condução de combates reais. Eles estudam a Guerra do Golfo – como esmagar exércitos de terceira classe. É a única coisa que eles aprendem", acrescentou o analista.

Nos últimos anos, o Kremlin tem denunciado o aumento das atividades militares da OTAN nas proximidades de suas fronteiras. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia reiterou que o país permanece aberto ao diálogo com a aliança, desde que em condições de igualdade e respeito mútuo, alertando que o Ocidente deve abandonar sua política de militarização no continente europeu.