Geral
Petróleo fecha em alta, impulsionado por falas de Trump e tensões geopolíticas
Cotações avançam em meio à volatilidade, com investidores atentos a conflitos globais e declarações do presidente dos EUA
Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta terça-feira (18) em alta, em uma sessão marcada por forte volatilidade. Investidores acompanharam de perto as tensões geopolíticas e as recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fatores que se sobrepuseram aos sinais de oferta mais restrita no curto prazo.
O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), subiu 1,35% (US$ 0,81), fechando a US$ 60,67 o barril. Já o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 1,07% (US$ 0,69), cotado a US$ 64,89 o barril.
"Os preços permanecem presos entre a instabilidade geopolítica e a expansão estrutural da oferta", analisa Nadir Belbarka, da XMArabia.
Segundo o analista, espera-se que os índices globais de petróleo bruto recuem ainda mais nos próximos meses, à medida que as expectativas de excesso iminente continuam a pesar sobre o mercado. No entanto, Belbarka destaca que as recentes sanções dos EUA já começam a impactar os preços.
No cenário internacional, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e o enviado americano Steve Witkoff viajam à Turquia nesta terça-feira para tentar reativar negociações com Moscou e buscar o fim da guerra. Paralelamente, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, enviou uma carta aos países da União Europeia com propostas formais para expropriar ativos russos e alternativas de financiamento à Ucrânia por meio de empréstimos.
Nos Estados Unidos, Trump afirmou estar reconstruindo as reservas estratégicas do país, "destruídas pelo governo de Biden", e se mostrou aberto a dialogar com o líder da Venezuela, Nicolás Maduro, em declarações a repórteres antes de um encontro com o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.
No radar corporativo, empresas como Exxon Mobil, Chevron, Abu Dhabi National Oil e o grupo de private equity americano Carlyle Group estão entre as interessadas nos ativos internacionais da petrolífera russa Lukoil. A venda desses ativos foi acelerada pelas sanções de Washington, que entrarão em vigor no próximo mês, segundo informações da Bloomberg.
Com informações da Dow Jones Newswires
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
3CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
4REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
5FUTEBOL INTERNACIONAL
Flamengo garante vaga na Copa do Mundo de Clubes 2029 como quinto classificado