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Rogério Andrade deixa penitenciária federal em MS e retorna ao Rio
Decisão do TJ-RJ determina transferência do bicheiro para presídio estadual; ele cumpria Regime Disciplinar Diferenciado desde 2023
A Justiça do Rio de Janeiro revogou o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) do bicheiro Rogério Andrade. Com a decisão, ele deixará a penitenciária federal de segurança máxima em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde estava preso desde novembro do ano passado, e será transferido para um presídio no Rio de Janeiro.
A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio entendeu que Rogério Andrade não se enquadra no perfil exigido para permanência no sistema penitenciário federal. O relator do processo, desembargador Marcius da Costa Ferreira, destacou que o RDD é uma medida de natureza excepcionalíssima, devendo ser aplicada apenas quando comprovada sua real necessidade.
Segundo a decisão: “O custodiado não apresenta perfil compatível aos critérios do sistema penitenciário federal, evidenciando a existência de constrangimento ilegal. Determino a transferência do paciente para o sistema prisional do estado do Rio para cumprimento da custódia cautelar”.
A prisão preventiva de Rogério Andrade permanece fundamentada. “O decreto de prisão não descaracteriza a continuidade das investigações, ficando evidenciada a subsistência de riscos concretos à ordem pública e à instrução criminal”, acrescentou o desembargador.
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Jogo do bicho
Rogério Andrade é sobrinho de Castor de Andrade, um dos mais conhecidos chefes do jogo do bicho no Rio de Janeiro e patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. Castor morreu em 1997, vítima de doença cardíaca.
Após a morte de Castor, teve início uma disputa familiar pela herança. O conflito envolveu Paulinho de Andrade, filho de Castor, assassinado na Barra da Tijuca em 1998 — crime atribuído a Rogério — e Fernando Iggnácio, também assassinado. Fernando era casado com a filha de Castor.
Assassinato de Iggnácio
Rogério Andrade foi preso em outubro de 2024, acusado de ser o mandante do assassinato de Fernando Iggnácio, ocorrido em 2020.
O crime aconteceu no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, logo após Iggnácio desembarcar de helicóptero, voltando de sua casa de praia em Angra dos Reis.
Ele foi atingido por três tiros de fuzil, um deles na cabeça, e morreu no local. O atirador estava escondido em um terreno baldio ao lado do heliporto.
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