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Amazon retorna ao mercado de dívida com forte demanda e recebe rating 'AA-' da Fitch

Empresa atrai US$ 80 bilhões em ordens para emissão de US$ 12 bilhões, impulsionada por apetite de investidores em tecnologia e infraestrutura de IA

17/11/2025
Amazon retorna ao mercado de dívida com forte demanda e recebe rating 'AA-' da Fitch

A Amazon voltou ao mercado de dívida em dólares nos Estados Unidos após três anos e registrou demanda expressiva dos investidores. Segundo a Bloomberg, a emissão atraiu cerca de US$ 80 bilhões em ordens, evidenciando o forte interesse por títulos de tecnologia em meio à corrida por financiamento para infraestrutura de inteligência artificial (IA). A companhia busca captar aproximadamente US$ 12 bilhões, valor que deve ser destinado a aquisições, investimentos e possíveis programas de recompra de ações, conforme fontes próximas à operação.

A oferta é coordenada por Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley.

Nesta segunda-feira, a agência de classificação de risco Fitch atribuiu rating 'AA-' à emissão proposta, em linha com a nota de emissor de longo prazo da Amazon, cuja perspectiva é estável. Em relatório, a Fitch destacou que os recursos serão utilizados para "fins corporativos gerais, incluindo capital de giro e capex".

A agência ressalta que o rating reflete a posição de liderança da Amazon no e-commerce global e em computação em nuvem, além de sua escala significativa — com cerca de US$ 155 bilhões em Ebitda acumulado em 12 meses até setembro — e forte geração de caixa. A Fitch também aponta que a Amazon Web Services (AWS) permanece como principal motor de crescimento, com margens elevadas e expansão consistente.

Entre os desafios de curto prazo, a Fitch cita o ambiente mais desafiador para o varejo nos Estados Unidos, marcado por piora no sentimento do consumidor, custos crescentes e incertezas quanto a políticas tarifárias. Ainda assim, a diversificação dos negócios e a estratégia de preços da Amazon devem permitir que a empresa enfrente a volatilidade "melhor do que a maioria dos concorrentes".

A agência observa ainda riscos regulatórios crescentes nos EUA e na União Europeia, que podem exigir ajustes operacionais. No entanto, destaca que a ampla flexibilidade financeira da Amazon contribui para mitigar essas pressões.